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Índice de confiança da indústria volta a cair e atinge menor patamar desde 2009

31 de março de 2015

Entre os meses de fevereiro e março deste ano houve uma queda de 9,2% no Índice de Confiança da Indústria da FGV (Fundação Getulio Vargas). Ao passar de 83,0 para 75,4 pontos, o índice atinge o menor patamar desde janeiro de 2009 (74,1).

O superintendente-adjunto para Ciclos Econômicos da FGV/IBRE, Aloisio Campelo Jr., afirma que a queda da confiança em março de 2015 foi a mais intensa e disseminada setorialmente desde novembro de 2008.

— Isso é o retrato de um setor extremamente insatisfeito com a situação atual dos negócios e pessimista em relação à possibilidade de recuperação no horizonte de três a seis meses.

Segundo Campelo Jr., o ganho potencial de competitividade externa com a desvalorização do real passa a concentrar as atenções do setor como uma válvula de escape para compensar em parte o cenário doméstico desfavorável.

A queda em março foi determinada tanto pelas avaliações sobre o momento presente quanto pelas expectativas em relação aos meses seguintes: o Índice da Situação Atual recuou 10,4%, para 75,3 pontos, o menor nível desde julho de 2003 (70,4). O Índice de Expectativas caiu 7,8%, passando a 75,5 pontos, o menor desde fevereiro de 2009 (73,3).

O indicador que mede o grau de satisfação com o nível de demanda exerceu a maior influência na queda do índice da situação atual, ao recuar 16,4% entre fevereiro e março, atingindo 67,3 pontos, o menor nível desde julho de 2003 (66,2 pontos).

A proporção de empresas avaliando o nível de demanda como forte diminuiu de 7,4% para 2,6%, enquanto a parcela de empresas que o avaliam como fraco aumentou de 26,9% para 35,3%.

O destaque negativo do Índice de Expectativas foi o indicador que mede o grau de otimismo quanto à evolução da situação dos negócios nos seis meses seguintes, que recuou 12,5%, para 84,8 pontos, o menor desde março de 2009 (82,8).

Em relação a fevereiro, houve aumento na proporção de empresas prevendo melhora da situação dos negócios, de 19,8% para 20,7%, mas a parcela das que projetam piora aumentou em maior proporção, de 22,9% para 35,9%.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada diminuiu 1,2 ponto percentual (p.p.) entre fevereiro e março, ao passar de 81,6% para 80,4%, a menor marca desde julho de 2009 (79,9%).

A edição de março de 2015 coletou informações de 1.141 empresas entre os dias 03 e 26 deste mês.