Pequenos negócios são responsáveis por gerar mais de 3,1 mil novos postos de trabalho em fevereiro na Paraíba
6 de abril de 2021
As micro e pequenas empresas paraibanas continuam sendo as principais responsáveis pela geração de empregos com carteira assinada no estado. Levantamento realizado pelo Sebrae Paraíba, a partir dos resultados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, apontam que, em fevereiro deste ano, os pequenos negócios criaram 3.140 novos postos de trabalho na Paraíba, mesmo diante do agravamento da pandemia do coronavírus (Covid-19).
Em contrapartida, as médias e grandes empresas seguem registrando mais fechamento de postos de trabalho do que contratações. No mesmo período, as MGE fecharam 3.273 vagas de trabalho na Paraíba. Somente nos dois primeiros meses deste ano, os pequenos negócios geraram, ao todo, 5.676 empregos formais no estado, tendo em vista que, em janeiro, foram criados 2.547 novos postos de trabalho na Paraíba, conforme os dados do Caged.
A geração de empregos formais pelos pequenos negócios na Paraíba foi puxada pelo setor de serviços, que contabilizou 1.330 novos postos de trabalho em fevereiro. Em seguida, aparecem o comércio, que registrou a criação de 859 vagas de trabalho com carteira assinada no período, e a construção civil, com a geração de 529 novos empregos formais. Por seu turno, geraram, também, saldo positivo na contratação forma, as micro e pequenas empresas dos setores de indústria da transformação (425), agropecuária (18) e extrativa mineral (3). Apenas as empresas ligadas aos serviços industriais de utilidade pública (Siup) registraram resultados negativos no período, com o fechamento de 13 postos de trabalho no estado.
Considerando os meses de janeiro e fevereiro deste ano, as MPE dos setores de serviços e comércio foram os que mais geraram empregos com carteira assinada na Paraíba, tendo criado, respectivamente, 2.474 e 1.443 novos postos de trabalho no período, segundo o levantamento do Sebrae. De acordo com análise da gerente da unidade de estratégia e monitoramento do Sebrae Paraíba, Ivani Costa, tradicionalmente, o setor de comércio abrange o maior número de tipos de atividades, em especial aquelas ligadas ao comércio varejista.
“Do ponto de vista técnico, é o menos complexo de se iniciar as operações se comparado à indústria. Os empreendedores, na sua grande maioria, preferem iniciar com algo mais simples e que venha a exigir menor tempo de preparação técnica para entrar no mercado. As atividades de prestação de serviços que demandam menor tempo para mínima qualificação de seu quadro de colaboradores são as mais preferidas. Esse movimento de abertura de novas empresas gera alguns tipos de correlações com o saldo geral de empregos observado no período, uma vez que, para a maior parte dessas atividades, um quadro mínimo é exigido para a operacionalização do negócio”, avaliou Ivani Costa.
Brasil – Em fevereiro deste ano, as micro e pequenas empresas foram responsáveis pela geração de 68,5% dos empregos criados no Brasil, o que corresponde a um pouco mais de 275 mil vagas, mais do que o dobro dos postos de trabalho gerados pelas empresas de médio e grande porte, que foi de 101,8 mil. No acumulado do ano, dos cerca de 611 mil empregos gerados no primeiro bimestre, 476,7 mil (72,26%) foram das micro e pequenas empresas, enquanto que as médias e grandes empresas criaram 134, 1 mil novas vagas.