Nutricionista explica quando usar suplementos vitamínicos
23 de março de 2021
Os suplementos vitamínicos são cada vez mais consumidos. Diversos laboratórios produzem os complexos, que ficam disponíveis em lojas especializadas, farmácias e até em supermercados – e são vendidos sem receita médica. Mas, o uso indevido e exagerado desses produtos, em vez de fazer bem, podem trazer problemas para a saúde.
A nutricionista Paula Bacalhau, da equipe de educação em saúde da Unimed João Pessoa, explica que os suplementos vitamínicos e minerais industrializados têm o objetivo de trazer um aporte para pessoas com escassez de nutrientes, má nutrição ou algum distúrbio que impeça a adequada absorção dessas substâncias. Por isso, eles não devem ser utilizados sem que haja necessidade específica e avaliação de um médico ou nutricionista.
Os suplementos podem ser indicados para mulheres em período fértil, crianças em crescimento e idosos com absorção de nutrientes prejudicada. Mas, é sempre recomendável priorizar os alimentos – e, reforçando, fazer sempre a avaliação com um profissional antes de começar a consumir qualquer complexo vitamínico.
Sinais de alerta – Os sinais de deficiência de vitaminas e minerais são específicos para cada pessoa, porém existem alguns sintomas gerais. Os mais comuns são fadiga, indisposição, falta de apetite, dificuldade de sono, desidratação, queda de cabelo, fragilidade das unhas e dores musculares são os mais comuns.
“Mas há outros distúrbios, como o escorbuto, que é causado pela deficiência de vitamina C e que acarreta sangramento gengival, baixa imunidade e dificuldade de cicatrização. Também é comum a xeroftalmia, conhecida como cegueira noturna, que é causada pela carência de vitamina A, além de anemias causadas pela ausência de ferro, ácido fólico e vitamina B12”, exemplifica Paula.
O outro lado – Se a falta de vitamina é um problema, o excesso também pode ser. “Altas doses de vitamina A podem causar alteração hepática, por exemplo. Já o exagero na ingestão de cálcio, sem o aporte de vitamina D, pode sobrecarregar a função renal”, alerta a nutricionista.
Em resumo, só um profissional da saúde pode orientar, a partir de exames, quais vitaminas precisam ser suplementadas, melhores horários para ingeri-las e quais os tipos naturais e sintéticos mais adequados, de acordo com o paciente.