logo paraiba total
logo paraiba total

Homenagens e lançamentos também estão na programação do 14º Fest Aruanda

27 de novembro de 2019

Exibir filmes que concorrem a um troféu é a principal atribuição de um festival de cinema – mas as atividades paralelas, embora não tenham o sabor apimentado da competição, propiciam o intercâmbio e a descontração que complementam o evento. No 14º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, as homenagens a personagens importantes do cinema brasileiro e o lançamento de publicações da área são algumas dessas atividades. Com uma programação plural e diversificada, o festival divide-se entre o Cinépolis Manaíra Shopping e o Hotel Aram Beach &Convention, até o dia 4 de dezembro.

Esta edição do Fest Aruanda celebra o centenário do cinema paraibano, cujo marco são as primeiras atividades cinematográficas realizadas na Paraíba, em 1919, pelo cineasta Walfredo Rodriguez. E, para marcar a data, o festival instituiu o Troféu Walfredo Rodriguez, para personalidades que contribuíram para a história do cinema paraibano. Dois homenageados do evento receberão esse troféu: o escritor e produtor José Bezerra Filho e o ator, cordelista e artista plástico W. J. Solha, pela produção do filme “O salário da morte” (1972), primeiro longa-metragem de ficção rodado em 35 milímetros na Paraíba. 

Também serão homenageados pelo Fest Aruanda a idealizadora e diretora-geral do Cineport, Mônica Botelho; João Batista de Andrade, cineasta, diretor e produtor de cinema e televisão; Sivuca, cantor, multi-instrumentista, maestro, arranjador, compositor e orquestrador, autor de várias trilhas sonoras para o cinema (in memorian); e Flávio Bauraqui, cantor e ator. Haverá ainda um tributo ao cineasta, ator, produtor e roteirista Fábio Barreto, que faleceu no último dia 20, em decorrência de um acidente de carro que o deixou dez anos em coma.

As homenagens a essas personalidades acontecem dentro das mostras competitivas e sessões especiais. O festival apresenta ainda a série Sessão Homenageados, com os filmes “Jackson – Na Batida do Pandeiro”, de Marcus Vilar e Cacá Teixeira (no dia 30/11); “O Homem Que Virou Suco”, de João Batista de Andrade (dia 01/12); e “Madame Satã”, de Karim Aïnouz (dia 03/12).

Para ler – O Fest Aruanda também é palco para o lançamento de publicações que orbitam em torno da sétima arte. Na abertura, foram lançadas duas: o livro “Mr. Babenco: Solilóquio a Dois Sem Um”, de Bárbara Paz, e a nona edição do Correio das Artes, suplemento do jornal A União que este mês deu capa ao festival.

“Mr. Babenco” é um livro de memórias do cineasta Hector Babenco (1946-2016), composto de conversas que ele e a atriz Bárbara Paz, sua mulher, tiveram até o último jantar do casal. Provocado pelas perguntas de Bárbara, ele vai contando sobre sua infância na Argentina, a descoberta do primeiro câncer e os bastidores de seus filmes. É ela quem organiza o livro, pontuado por este diálogo íntimo sobre a vida e a obra do cineasta responsável por filmes como “Pixote”, “O Beijo da Mulher Aranha” e “Carandiru”.

Às 17h do sábado (30), será lançada a revista Expectação – Itinerários Estéticos, com temática sobre Cinema Instantâneo. A publicação é do Grupo de Pesquisa Interações Narrativas e Socialização, vinculado ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e ao Programa de Literatura e Interculturalidade (PPGLI) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).

Na noite de segunda-feira (2), dois livros serão lançados, a começar por “Mulheres atrás das câmaras: as cineastas brasileiras de 1930 a 2018”, organizado por Luiza Lusvarghi e Camila Vieira Silva. Editado em parceria com a Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), o livro é fruto de uma inquietação diante das poucas informações disponíveis sobre a história do cinema brasileiro feito por mulheres. O segundo livro da noite será “Raul Seixas – Não diga que a canção está perdida”, de Jotabê Medeiros. Em 384 páginas, o autor conta como Raulzito, o garoto de classe média de Salvador que era fã de Elvis Presley, transformou-se em Raul Seixas, um dos maiores ícones da cultura pop brasileira. Jotabê, crítico musical de larga experiência, é também autor de “Apenas um rapaz latino-americano”, cultuada biografia de Belchior.

Por fim, no encerramento do festival (quarta-feira, dia 4), será lançada a plaquete “Linduarte Noronha, ícone da radiofonia paraibana”, organizada pela jornalista Naná Garcez a partir de uma entrevista com o professor Lúcio Vilar, coordenador e diretor executivo do Fest Aruanda – festival chancelado pela UFPB e patrocinado pelo Grupo Energisa, Cagepa e Armazém Paraíba, via Lei Federal de Incentivos, do Ministério da Cidadania.

Serviço

14° Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro 

Programação de homenagens e lançamentos de publicações

Data: 28/11 a 04/12/19

Horário: a partir das 17h

Local: Cinépolis Manaíra Shopping