Santander lança maquininha para empreendedor pessoa física
6 de setembro de 2016
Cada vez mais pessoas começam a empreender no Brasil – seja como pessoa física ou registrando-se como microempreendedor individual (MEI). Essa tendência ficou ainda mais notável com o aprofundamento da recessão econômica e a alta no desemprego.
Pensando nisso, o banco Santander anunciou que oferecerá para essa parcela serviços que oferecia apenas para empreendimentos maiores. Por meio do pacote Conta Conecta, a instituição oferece a integração entre a conta corrente do empreendedor e a maquininha de crédito e débito do banco, chamada “Vermelhinha.”
O Conta Conecta é voltado para empreendedores registrados como pessoas físicas, profissionais liberais e autônomos ou então pessoas jurídicas que faturam até 100 mil reais no ano. Alguns dos atendidos são advogados, arquitetos, cabeleireiros, dentistas, fisioterapeutas, médicos, psicólogos, taxistas e vendedores porta a porta.
“A gente tem um grupo de empresários que não é atendido da melhor maneira pelas ofertas atuais. Outro público importante são as pessoas físicas que empreendem e que careciam de uma solução para elas dentro do banco”, explica Geraldo Neto, diretor da área de segmentos particulares. “Oferecemos uma solução mais digital, que integra todo esse público.”
Como funciona?
O Conta Conecta une serviços da conta corrente com serviços financeiros que até então só eram oferecidos para empresas de maior porte.
“A gente integra uma série de diferenciais por meio do Conta Conecta, que são combinados com os diferenciais já oferecidos dentro do próprio banco”, diz Neto. Ao todo, há quatros pontos de destaque.
O primeiro deles é o oferecimento de uma conta corrente integrada com um pacote de serviços – ao usar a conta o empreendedor pode conseguir vantagens como isenção para obter créditos de celular, por exemplo.
O empreendedor também possui de cinco (pessoa jurídica) até dez dias (pessoa física) por mês para usar o cheque especial sem juros acumulado. Além disso, terá um cartão de crédito especial do Conta Conecta, com possibilidade de isenção do valor da anuidade.
Por fim, o cliente também poderá alugar um POS (ponto de serviço, ou seja, a máquina de débito e crédito mais usual, com impressão de comprovante) ou a Vermelhinha, que é um POS menor e com acesso digital às transações, sem consumir o pacote de dados do empreendedor.
A Vermelhinha é o principal destaque do Conta Conecta. A máquina vem com um chip de telefone integrado, e não precisa do celular para operar; o comprovante de venda é enviado por e-mail ao empreendedor e por SMS a quem passou o cartão de crédito. O cliente também conta com suporte 24 horas da empresa Getnet, criadora da Vermelhinha, sem custo de manutenção.
O aluguel da Vermelhinha custa 30 reais por mês. A taxa de desconto cobrada dos lojistas (chamada de MDR) variará de 2,5% a 6,4%, dependendo do setor de atuação.
Por meio do App Getnet, o dono do negócio pode gerir seu negócio, controlando o fluxo de caixa por celular ou por computador. É possível consultar extratos, visualizar transações diárias e mensais, pedir antecipação de recebíveis (para pessoas jurídicas, por enquanto) e solicitar o suporte técnico da operadora da máquina.
Concorrência e previsões
Para lidar com concorrentes – como a máquina Moderninha, por exemplo -, o Santander diz que seu diferencial é a experiência que fornece ao empreendedor.
“A gente dá muito valor na relação completa com o consumidor. Não estamos falando só da maquininha, mas de uma oferta integrada para todos os tipos de cliente. Nós damos muito valor para a relação do cliente com a sua conta corrente, com o Santander. Acreditamos que, assim, nosso share no mercado será maior”, afirma Marcelo Aleixo, superintendente executivo de PME do banco.
Por exemplo, o Santander lançou no ano passado o Programa Avançar, que fornece capacitação não-financeira para pequenas e médias empresas.
O Santander tem como projeção conquistar ao menos 50 mil clientes até dezembro com o Conta Conecta. O principal público será composto por pessoas que já possuem uma conta no banco e gostariam de um serviço mais focado em sua situação empreendedora.
Segundo Neto, da área de segmentos particulares, de 60 a 70% desses consumidores serão pessoa física.