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Pesquisadores e produtores discutem sobre Aquicultura em Bananeiras

22 de agosto de 2016

A abertura do 1º Encontro de Aquicultura da Paraíba (Enaqua) reuniu cerca de 400 participantes na sexta-feira (19) no campus da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) da cidade de Bananeiras, no Brejo paraibano. Representantes de cinco Estados do Brasil e da Paraíba estão presentes debatendo as melhores e inovadoras soluções para cadeia produtiva da aquicultura.

O diretor técnico do Sebrae Paraíba, Luiz Alberto Amorim, destacou as ações na área da piscicultura que a instituição realiza há alguns anos. “Percebemos o potencial econômico que pode ser desenvolvido nesta área. A cidade de Bananeiras sai na frente pelo complexo que está querendo apresentar ao Estado, onde haverá a unidade de tratamento e as fábricas de peixe e de ração animal. Aqui também está uma das parcerias, a UFPB, com esse trabalho”, comentou.

Ele convocou os empreendedores presentes a começarem a pensar nas inovações para o setor. “Precisamos da força empreendedora de cada um de vocês para que todos contribuam para o crescimento e evolução dessa cadeia produtiva. Os órgãos que participam também ganham com essa parceria, necessárias para que a atividade possa crescer e que a experiência seja proveitosa com todos os conhecimentos envolvidos”, falou.

Já o professor da UFPB, Alberto Cabral, ressaltou as soluções socioambientais viáveis para a construção de uma rede de parceiros sólidos. “Precisamos pensar como cadeia produtiva, que exista produção e co-produção. Precisamos das expertises para a criação de novos produtos e reaproveitar os resíduos da aquicultura. Por que não podemos fabricar ração animal para os pets ou animais de estimação? Aqui encontraremos as soluções”, informou.

O prefeito da cidade, Douglas Lucena, disse que o momento foi construído com o esforço coletivo. “Precisamos continuar a unir esforços para fortalecer um dos pleitos municipais mais importantes, que é a conclusão do complexo de piscicultura de Bananeiras, que dará mais visibilidade à cadeia produtiva”, disse.

Tilápia – O aumento da produção da tilápia é um dos principais temas do evento, que segue até este sábado (20). A primeira palestra do Seminário foi sobre o “Cenário atual do mercado de Tilápia no Brasil”, com o secretário executivo da Peixe BR, Francisco Medeiros. Ele ressaltou que falta políticas públicas para a produção de peixes no Brasil. Uma das metas em relação à produção de pescados é aumentar o consumo no País.

“Não se sabe quanto se pesca no Brasil, mas sim quanto se consome, pela pequena representação de 2,7 quilos por habitante ao ano. No caso da Tilápia, esse consumo cai mais ainda para 1,3 quilos por habitante por ano. O maior índice de consumo desse peixe no país está no Nordeste, pois no Sul e Sudeste eles só comem o filé. Então, um pouco desses dados, passados pelo Ministério da Aquicultura e Pesca, dá para saber que estamos no lugar certo para negociar as melhorias dos pescados”, concluiu.

O Enaqua seguiu no sábado (20), com um ciclo de palestras técnicas sobre “Elaboração de Co-produtos a base de Tilápia” e “Alternativa econômica para a Piscicultura do Brejo paraibano: policultivo Tilápia x Macrobrachium Rosenbergii”. Ainda contou com três oficinas serão realizadas, com 30 participantes cada. “Elaboração de Co-produtos a base de Tilápia”, “Qualidade da água na Piscicultura” e “Projetos técnicos de viabilidade econômica e de regularização ambiental na Piscicultura” foram os temas das oficinas.