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Fashion weeks: A importância das passarelas

18 de novembro de 2015

Um seleto time de grifes têm uma forma particular de apresentar as suas novidades para seus consumidores e para o mercado em geral: um desfile em um grande evento do segmento. Utilizada como uma poderosa estratégia de marketing, a ação não beneficia apenas a marca, mas toda a economia do país. Uma das principais formas de se divulgar criações de moda, o desfile é envolto em uma aura de glamour e badalação, que mexe com a imaginação das pessoas. As semanas de moda nada mais são do que esse resultado multiplicado várias vezes.

Segundo a jornalista Lilian Pacce, as semanas de moda  são importante porque ajudam a organizar todo o segmento. “Da indústria ao varejo, concentrando os principais lançamentos num determinado período, e, com isso, as marcas ganham mais divulgação na mídia e facilitam a vida do comprador de atacado. Os eventos dão uma ideia geral da próxima temporada, orientando o mercado. Além disso, com a concentração, os custos em todos os níveis são otimizados e criam uma enorme vitrine. Tudo aumenta, como o efeito de uma lupa”, analisou. 

Hoje, no Brasil a maioria dos principais centros consumidores de moda em praticamente toda as regiões do país possui um evento do segmento usado como vitrine de lançamentos pelas marcas, que se diferenciam entre si apenas pelo tamanho e relevância no mercado. Novos eventos surgem e se fortalecem nos quatro cantos do país. No Nordeste, temos o principal evento de moda autoral do país, o Dragão Fashion Brasil que a cada ano revela novos nomes da moda nacional, além de atrair membros da mídia e empresários de todos os cantos do país para Fortaleza. Já eventos como o Moda Recife, o Alagoas TrendHouse e o Teresina Trend, dentre outros, celebram a moda comercial, que pode ser comprada em lojas dos locais sede dos desfiles.

As principais fashion weeks brasileiras atualmente são duas: O São Paulo Fashion Week (SPFW), realizado na capital paulista e o Minas Trend, em Belo Horizonte. Ambos acontecem duas vezes por ano, cada um dedicado a uma temporada: Em março/abril, são apresentadas as coleções de primavera-verão; enquanto as criações do outono-inverno são desfiladas em outubro/novembro. Enquanto em São Paulo a fashion week tem os desfiles como apelo principal, a semana de moda mineira é um misto de salão de negócios (com média de 150 marcas participantes por edição) com apresentação de coleções na passarela.

Tendências e números

A maioria das grifes presentes nos dois eventos são referência em todo o Brasil: são elas que ajudam a definir a moda de cada temporada, influenciando toda a indústria e se firmando como referência. Para quem não está necessariamente ligado com esse universo, as semanas de moda também têm a sua importância – e não estamos falando só de tendências: elas ajudam também a incrementar a economia.

Só os dados do SPFW, hoje o maior evento deste segmento no país falam por si mesmos: Segundo dados da Luminosidade, empresa que organiza o  evento, cerca de R$ 900 milhões de mídia espontânea nacional são gerados em média a cada edição. Para a mais recente edição do SPFW, R$ 16 milhões de reais foram investidos na infraestrutura da semana de moda. Montantes esses que ajudaram a gerar mais de 11 mil empregos diretos e indiretos. A semana de moda de São Paulo  gera negócios na ordem de R$ 2 bilhões por edição, quando 80 mil pessoas, entre convidados e profissionais, comparecem a cada temporada do evento. Só de profissionais de mídia credenciados, são em média de 2 mil jornalistas, fotógrafos e blogueiros de 15 países. Assim, podemos comprovar que mais do que glamour e roupas, uma semana de moda também é negócio.