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Alta do dólar impacta no comércio de lâmpadas

13 de outubro de 2015

O preço de lâmpadas pode sofrer um aumento de 10 a 15% até o final do ano, impulsionado pela elevação do dólar. Em 2015, a média de reajuste praticada pelo mercado variou de 15 a 25%. A estimativa é da Lâmpadas Golden que, neste ano, já aumentou o preço de seus produtos em 18%, índice muito abaixo do reajuste da moeda estrangeira.

“O setor tem evitado repassar a integralidade do aumento ao consumidor, optando por fazê-lo de forma gradativa e em patamares inferiores para resguardar o cliente”, afirma Álvaro Diniz, presidente da Lâmpadas Golden.

A grande dificuldade da indústria de iluminação, mais especificamente a de lâmpadas, decorre do fato de a produção se dar, majoritariamente, fora do país e do valor do dólar extrapolar a projeção de aumento, de acordo com o executivo. “Há um ano, as importadoras trabalhavam com uma projeção de aumento do dólar de 30% para 2015, ao passo que nos patamares atuais já atingimos um aumento de 50%”, avalia.

A situação de imprevisibilidade está fazendo com que toda a cadeia nacional de iluminação sofra. Segundo Diniz, “tanto a indústria, quanto o comércio, tem dificuldade de repassar custos e estabelecer preço, pois, em função da imprevisibilidade econômica, o comerciante não sabe se o valor cobrado é o correto”.

Neste contexto, reacende o plano de investir em uma produção nacional, o que resolve parte do problema, visto que a maioria dos insumos e componentes eletroeletrônicos também é importada.  A saída imediata para reduzir este impacto seria o governo desenvolver um plano de desoneração para produtos eficientes energeticamente. Porém, isso dificilmente acontecerá, devido à necessidade política de aumentar a arrecadação.

Para diminuir esse impacto da alta do dólar no custo para o consumidor, a Lâmpadas Golden vem negociando com seus fabricantes no exterior a compra de produtos em condições melhores e mais acessíveis a seus clientes brasileiros.

Mesmo com o impacto do dólar no preço do produto, o aumento da tarifa de energia em mais de 50% neste ano estimula o consumidor a buscar produtos mais eficientes, como o LED. “A eficiência energética é a melhor saída, tanto para o consumidor, quanto para o país”, conclui Diniz.