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Jornal Valor Econômico destaca investimentos privados na Paraíba

18 de junho de 2014

O jornal Valor Econômico destacou, em suplemento especial sobre a Região Nordeste, os investimentos realizados na Paraíba. A reportagem frisou que o estado deve receber R$ 5,8 bilhões da iniciativa privada nos próximos anos, com destaque para as quatro novas fábricas de cimento que estão sendo instaladas.

Na matéria, executivos da Votorantim Cimentos, Brennand Cimentos, Alpargatas e Penalty apontaram as potencialidades da Paraíba. “O potencial econômico do mercado paraibano fica evidente em iniciativas como a construção do Distrito Industrial de Caaporã, autorizada recentemente, e na estrutura logística, com a proximidade dos portos de Cabedelo, Recife e Suape e dos aeroportos da Região Metropolitana de João Pessoa e Recife”, disse Edvaldo Rabelo, diretor executivo global de Energia, Sustentabilidade e Segurança da Votorantim Cimentos.

Confira a reportagem na íntegra

Paraíba espera R$ 5,8 bi da iniciativa privada

Nos próximos anos, a Paraíba deve receber um total de R$ 5,8 bilhões em investimentos privados, segundo a Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (Cinep). O principal investimento será na indústria de cimento, o que deve transformar o Estado no segundo maior produtor do país. Quatro novas fábricas (Brennand, Votorantim, Elizabeth Cimentos e Cimpor – que abrirá sua segunda unidade no mercado paraibano) estão se instalando e uma está em fase de ampliação (LaFarge).

Com isso, a produção de cimento deverá quadruplicar, chegando a 10 milhões de toneladas anuais. Em maio, a Votorantim Cimentos assinou um protocolo de intenções com o governo da Paraíba para a instalação de uma unidade no Estado, com investimento previsto de R$ 700 milhões.

Segundo a empresa, a nova fábrica terá capacidade para produzir 2 milhões de toneladas de cimento por ano, e deve entrar em operação dentro de 24 meses. “Durante a obra serão gerados 1,8 mil postos de trabalho na fase de pico da construção e, na operação da fábrica serão oferecidos 200 postos de trabalho diretos e mil indiretos”, diz Edvaldo Rabelo, diretor executivo global de Energia, Sustentabilidade e Segurança da Votorantim Cimentos.

A logística do Estado, o crescimento expressivo do mercado no Nordeste e a concessão de incentivos fiscais foram determinantes na escolha. “O potencial econômico do mercado paraibano fica evidente em iniciativas como a construção do Distrito Industrial de Caaporã, autorizada recentemente, e na estrutura logística, com a proximidade dos portos de Cabedelo, Recife e Suape e dos aeroportos da Região Metropolitana de João Pessoa e Recife”, diz Rabelo.

Outra cimenteira que vai se instalar na Paraíba é a Brennand Cimentos. A empresa escolheu a cidade de Pitimbu para fincar o pé no mercado nordestino. “Além da facilidade logística para distribuição do cimento pelo Nordeste, especialmente no arco que vai de Alagoas ao Ceará, a Paraíba dispõe de reservas de calcário e demais matérias-primas para a fabricação de cimento e facilidades portuárias para recebimentos de máquinas e outros insumos”, explica José Eduardo Ferreira Ramos, presidente da Brennand Cimentos.

Mas a vocação econômica da Paraíba não se limita ao setor cimenteiro. “Temos vocação para os setores têxtil, calçadista, tecnologia da informação, comércio, turismo”, enumera Tatiana Domiciano, diretora-presidente da Cinep. “O crescimento populacional influencia positivamente a indústria da construção civil e estimula a realização de investimentos em gêneros da indústria de transformação, desde artefatos de inox, granito, pré-moldados, móveis e vestuário, assim como o extrativismo mineral não-metálico”.

A onda de crescimento também atrai investimento externo. “O grupo americano McQuilling Services LLC está investindo R$ 1,9 bilhão na construção de um estaleiro em Lucena, no Litoral Norte. Segundo a empresa, será o maior estaleiro de reparos e docagens de navios do Hemisfério Sul”, comemora Tatiana.

Enquanto isso, a Paraíba se firma como um importante polo de calçados. O Estado abriga importantes unidades de grandes empresas do setor, como a São Paulo Alpargatas e a Penalty. “Decidimos concentrar nossa produção em poucos Estados, em 2006, para ganhar escala”, explica Márcio Utsch, diretor-presidente da Alpargatas. “Na Paraíba, tivemos incentivos fiscais e tínhamos mão de obra bem treinada lá. Apesar do aumento no custo logístico, o ganho de escala com a concentração de operações compensou”. Além da Paraíba, a empresa mantém operações no Rio Grande do Norte, Pernambuco e no Norte de Minas.

Paulo Ricardo de Oliveira, presidente da Penalty, diz que a companhia migrou sua fábrica de chuteiras do interior de São Paulo para a Paraíba há 12 anos, movida a incentivos fiscais e a alta qualidade da mão de obra. “O trabalhador paraibano tem baixo índice de absenteísmo e de turnover”, diz.

Fonte:

http://www.valor.com.br/brasil/3582754/paraiba-espera-r-58-bi-da-iniciativa-privada