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PB registra menor redução de postos de trabalho entre estados do Nordeste

28 de janeiro de 2013

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A Paraíba gerou um saldo de 18,680 mil postos de empregos formais em 2012, mas menor 7,85%, quando comparado ao ano anterior (20.273), segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.
O setor de serviços, com saldo de 10.230, alavancou o número de empregos no Estado, sendo responsável por 54,56% do total de trabalhos abertos na Paraíba. Em 2011, o setor havia gerado 7,019 mil postos, mas no ano passado o setor expandiu 45,7%, com a instalação de call center em Campina Grande.
Além do setor de serviços, os setores que mais contribuíram no saldo em 2012 foram a construção civil (4.894), comércio (3.426) e a indústria de transformação (2.024). Já o setor agropecuário, que sofreu com a estiagem, registrou baixa de 2,184 mil postos. No ano passado, o setor havia registrado saldo positivo (312).
Para o secretário executivo de Desenvolvimento, Indústria e Turismo da Paraíba, Marcos Procópio, a Paraíba se destacou positivamente, principalmente, se comparado com o crescimento anual do país, em média 7%, e com os dados do Caged da região Nordeste.
“A Paraíba ficou em segundo lugar em números absolutos na geração de emprego e em números relativos ficamos em primeiro lugar. Se compararmos a Paraíba com estados do Nordeste, observamos que Alagoas, por exemplo, gerou cerca de 90% menos postos de trabalhos nos dois últimos anos”, disse Marcos Procópio.
Sobre o destaque do setor de serviços, ele atribuiu à forte comunicação com o setor privado e investimento em infraestrutura. Um exemplo citado pelo secretário foi a empresa de call center AeC, instalada em Campina Grande, no mês de abril de 2012. Outras duas unidades serão inauguradas em João Pessoa este ano, uma já no mês de março deste ano. “Somente uma destas empresas já empregou 5 mil. Então, estamos mantendo uma comunicação forte na atração de novas empresas e investindo em infraestrutura”, disse o secretário.
Para o supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PB), Renato Silva, mesmo com a queda de vagas apresentada em 2012, “a Paraíba continua aquecida na geração de emprego, mostrando um crescimento robusto de geração de emprego e renda que vem se refletindo nos últimos quatro anos. Essa queda não é de assustar porque houve uma redução nas taxas de crescimento em todo o Brasil. A construção civil vem se consolidando agora em segundo lugar na geração de postos de trabalho e renda no Estado”, afirmou Renato Silva.
O supervisor técnico do Dieese-PB disse ainda que a construção civil é um dos setores que melhor remunera seus trabalhadores. “Vale salientar que ainda temos problemas estruturais.
Precisamos melhorar, por exemplo, em setores como o calçadista, comércio e de vestuário que oferecem aos seus empregados salários próximos do mínimo”.
Dezembro
Já em dezembro, por razões sazonais que marcam a série do Caged (entressafra agrícola, férias escolares, período de chuvas, esgotamento da bolha de consumo no final do ano), verificou-se declínio de 0,25% no nível de emprego na Paraíba (-927), que ficou negativo no Estado, com predomínio da indústria de transformação (-546).
Já as cidades de João Pessoa (7.318) e Campina Grande (6.337) concentraram o saldo de postos de trabalho do Estado em 2012.
Estado tem menor redução de postos
Dos 50,705 mil postos de trabalho perdidos em dezembro de 2012, a Paraíba contribui com apenas 927 postos, menor corte entre todos os estados da Região.
Os estados que mais demitiram foram a Bahia com um saldo negativo de 16.273 empregos e em segundo lugar vem Pernambuco com 9.637 dispensas.
Na evolução dos empregos por estado na região Nordeste, a Paraíba ficou em quarto lugar no ano passado com 18.680 postos de trabalho. Em seguida vem Pernambuco (46.561), Ceará (41.009) e a Bahia (36.847). Veja o ranking na tabela ao lado.
Brasil
O Brasil criou 1,3 milhão de novos postos de trabalho com carteira assinada no ano passado, o menor saldo desde 2009, considerando a série histórica com ajustes.
O resultado é 33% inferior do que o verificado em 2011, quando foram gerados 1,9 milhão de empregos. Em dezembro de 2012, houve redução de 496.944 vagas, uma queda de 1,27% em relação ao estoque verificado em novembro.
O saldo consolidado até novembro já apontava para um resultado fraco em 2012. Naquele mês, apesar do saldo positivo em 46.095 mil, o acumulado do ano somava apenas 1,771 milhão de novas vagas, a menor marca para os onze primeiros meses do ano desde 2009.
O ritmo mais baixo de criação de postos de trabalho é resultado da desaceleração da economia brasileira frente a 2011.
A expectativa é que o PIB (Produto Interno Bruto) do país em 2012 avance apenas 1%, segundo as estimativas do relatório Focus, do Banco Central, que reúne as projeções dos analistas de mercado. O dado oficial ainda será divulgado pelo IBGE.
Por região
Segundo análise por região, a região Sudeste liderou qua se metade (655.282 postos), o Sul, veio em segundo (234.355).
Já o Nordeste ficou em terceiro (190.367). Na sequência vieram Centro-Oeste (150.539) e em último a região Norte (71.299).