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Professores relatam os desafios da profissão em tempos de pandemia

3 de maio de 2021

“Fazer educação vai muito além de ministrar aulas. É compartilhar conhecimento para desenvolver o pensamento analítico e crítico desde os primeiros anos de vida dos alunos” é assim que o professor e Diretor Pedagógico da Inspira Rede de Educadores, Jonas Stanley, fala sobre a missão de ser professor.

Em tempos de pandemia, um grupo de educadores fala sobre os desafios da profissão e traça um retrato fiel de como o setor está se adaptando às mudanças impostas pelo atual momento. Em Belém, o professor de Física e diretor do Colégio Physics, Gustavo Bicho, reflete sobre o tema: “O maior desafio, sem dúvida, foi trocar o quadro branco pela tela do computador e, da sala de casa, ajudar milhares de estudantes. Este tem sido um grande desafio e é um importante aprendizado também. Estabelecemos uma relação de confiança em que eu pudesse, ao mesmo tempo, acompanhá-los e acreditar que esse período estava sendo produtivo para eles”, declara.

Para a professora de Literatura do Complexo Educacional Contemporâneo, no Rio Grande do Norte, Patrícia Barros, a pandemia provocou uma sobrecarga de trabalho, mas, em contrapartida, fortaleceu ainda mais as relações. “De fato, houve sim sobrecarga, tendo em vista que o trabalho e a casa se confundiram. Mas as relações interpessoais se fortaleceram. Eu tive um contato mais próximo, pois dividi com meus alunos as dificuldades do isolamento. Foi uma jornada exaustiva, mas permitiu que a gente se conhecesse mais. Ser professor é fomentar um mundo melhor e a pandemia tornou mais evidente o quanto isso é possível”.

“Costumo dizer que nossos desafios foram cíclicos. Eles foram se alternando ao longo do tempo. No começo, sem dúvida, foi trazer para a nossa realidade o uso da tecnologia. Tivemos que nos reinventar e adaptar nossas rotinas com as ferramentas tecnológicas, um desafio superado em tempo recorde. Depois, foi preciso aprender a usar da melhor forma todo o material pedagógico que tínhamos em mãos e o mais importante deles: manter os alunos não apenas inspirados, mas também atentos aos conteúdos que estávamos transmitindo. Como disse, foram desafios cíclicos: o primeiro no aspecto tecnológico e o segundo no aspecto humano. Houve casos de professores que tiveram que voltar às salas de aulas para aprender em tempo recorde e foi um momento singular de união muito grande entre nós. Uma parceria que ganha forças a cada dia para manter nossos estudantes engajados todos os dias. Temos que pensar fora da caixinha e trazer para esta nova realidade atividades pedagógicas realmente inovadoras já que as velhas ferramentas não são mais suficientes. Hoje, criatividade e invenção são essenciais para reter a atenção do aluno. Nem sempre a gente consegue, mas uma breve observação do todo me leva a afirmar que o resultado tem sido mais positivo do que negativo”, declara o professor de Inglês do Colégio Universitário, em Londrina, Kalahan Seleri.

Em se tratando de resultados, para o professor Carlos André,  fundador do Over, o professor também vibra quando ajuda e assiste o sucesso dos alunos. “Sempre acreditamos muito na proposta de uma escola de resultado que, além de educar, busca formar o que chamamos de cidadão global tecnicamente competitivo. A ideia é preparar o aluno para a vida, de maneira que é capaz de se destacar em qualquer setor e escolha, dentro ou fora do país”, explicou.

Como falar de educação sem falar da tecnologia?

Alguns cliques nas telas de celulares, tablets, computadores e vòila: professores e estudantes se conectam em uma troca contínua de conhecimento. Uma jornada de saber que foi ressignificada diante da pandemia. Tirar os alunos das salas de aula, garantindo que eles tenham acesso a uma educação de qualidade, com saúde e segurança, foi o propósito que influenciou as instituições a optarem pelas plataformas de ensino online.

Aliando conhecimento eficaz e uma experiência facilitada fez as edtechs deixarem de ser tendência e se tornarem realidade. As soluções digitais oferecidas por startups como a Plataforma A+, por exemplo, tornaram a educação mais acessível. O hub – que tem mais de 50 instituições em seu portfólio e modelo de negócios estruturado com tecnologia inovadora a partir das diretrizes e metodologias disponíveis, como ensino híbrido, sala de aula invertida e aprendizagem adaptativa – se tornou a principal companheira de jornada da professora de Matemática do Colégio Stella Maris, Rafaella Borsatti, que encontrou no uso da tecnologia uma oportunidade ímpar de evoluir na profissão. “Os alunos de hoje em dia já nascem com uma pré-disposição ao uso de equipamentos tecnológicos. Essa familiaridade é extremamente favorável na construção de novos conhecimentos e experiências. Além disso, o uso da tecnologia no ensino remoto resgatou algo muito importante, que estava sendo assumido, em muitos casos, apenas pela escola: o compromisso na educação do aluno. Os pais passaram a interagir muito mais com os seus filhos, por meio de jogos e desenhos educativos na internet, por exemplo. Essa interação online se torna divertida e desperta na criança a aprendizagem pelo lúdico”, argumenta.

A Plataforma A+ tem três anos de atuação, ganhou mais relevância diante da pandemia e hoje impacta a jornada de mais de 31 mil estudantes. “Nos empenhamos em desenvolver uma edtech de soluções integradas de ensino e gestão não apenas para aprofundar o conhecimento, mas também para ampliar a efetividade da aprendizagem. Diante da pandemia, fomos para dentro das casas dos nossos alunos, gestores e professores para transmitir conhecimento de forma eficiente e com qualidade. Já são mais de 15.000 horas de aprendizado”, destaca o CEO da Plataforma A+, Alexandre Sayão.

Segundo o executivo, a estratégia da Plataforma A+ é estar atenta às transformações e exigências que o mercado exige para fornecer às instituições processos de gestão cada vez mais eficientes, garantindo a perenidade de suas marcas e sua sustentabilidade econômica. “Dentro da plataforma, os alunos têm acesso a materiais elaborados por especialistas e os professores podem criar e organizar conteúdos e atividades escolares. Na biblioteca online, oferecemos um acervo de milhares de títulos, crônicas, jornais e tirinhas. Também aplicamos simulados e avaliações a partir de um banco de dados com milhares de questões e funcionalidades como correção automática. Outro diferencial é nosso ambiente de inteligência pedagógica, com relatórios de engajamento e de desempenho dos alunos, com distinção por série, turma, professor ou disciplina. Por meio de inteligência artificial de gamificação, promovemos aprendizagem de forma engajante, personalizada e efetiva”, finaliza.