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EaD tem novas regras que prometem ampliar ensino superior no Brasil

28 de junho de 2017

O estudo é a principal ponte para o sucesso profissional e pessoal. Além da experiência de trabalho, a formação acadêmica contribui para capacitar as pessoas para um mercado de trabalho cada dia mais competitivo. Ao que tudo indica, o ensino superior no Brasil deve ficar mais acessível. O Diário Oficial da União (DOU) publicou uma portaria que define novas regras para aumentar a oferta de cursos de graduação e pós-graduação à distância. Desde que o decreto havia sido aprovado pelo Ministério da Educação (MEC), o debate se tornou cada vez mais tórrido entre os especialistas. A regulamentação permite que Instituições de Ensino Superior (IES) criem cursos de Educação a Distância (EaD), além de oferecer, exclusivamente, cursos a distância sem a oferta simultânea de cursos presenciais. Comente no fim da matéria.

O professor doutor Faustino de Rosa garante que a nova regulamentação será muito benéfica a quem busca capacitação com mais facilidade. “Na medida em que facilita e desburocratiza o ensino a distância, com o objetivo de aumentar os índices de acessibilidade ao ensino superior e à pós-graduação, o governo federal dá um passo a mais em busca da democratização do ensino superior no Brasil”, afirmou.

A coordenadora de projetos em EaD da Faculdade Maurício de Nassau, Danielle dos Santos, acredita que as mudanças serão benéficas e essenciais para muitos estudantes. “Acredito ser positivo, mas deve ter um maior controle na qualidade desses ensinos. Essa mudança não torna o ensino precário, e sim aumenta a possibilidade de mais pessoas estarem realizando um curso de ensino superior a distância e com a mesma qualidade do ensino presencial”, salientou Danielle.

Já os alunos que acompanham aulas a distância aprovam o método. Ingrid Morais, estudante de Jornalismo da Faculdade Maurício de Nassau, atesta que o método funciona pra quem tem disposição. “No EaD é fácil você se desconcentrar, mas se você realmente quiser aprender é muito positivo. São professores de fora, que tem outras experiências, em mercados diferentes e isso é muito bom”, garantiu a estudante. Ingrid ainda confirmou que, com as novas regras que facilitam o ensino a distância, pretende buscar novos cursos quando terminar sua graduação. “Com certeza eu vou buscar outros cursos. Seja de curta-duração ou quem sabe outro curso superior. Além da facilidade, os preços são bem mais em conta”, finalizou a futura jornalista.

Outro lado 

Porém, a coordenadora de Ead, Danielle dos Santos, alerta para que exista uma fiscalização do ensino superior nas faculdades especializadas nesta modalidade. “Será um desafio realizar o acompanhamento desses cursos e das instituições. O ponto negativo será o controle dessas instituições, a qualidade dos cursos ofertados e a quantidade de vagas que seriam destinos a cada pólo de educação a distância”, finalizou a coordenadora.

Estratégia

A medida á uma estratégia do MEC para ampliar a oferta de ensino superior no país e atingir a meta 12 no Plano Nacional de Educação (PNE) que exige elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida em 33% da população de 18 e 24 anos. “Por questões estatísticas e quantitativas, o governo fez uma ponderação de valores e avaliou que, ao permitir que mais pessoas tenham acesso à educação por meio de mais instituições que ofertem o EaD, é mais interessante que a qualidade. A avaliação qualitativa ficará para um segundo momento, quando do reconhecimento de curso e recredenciamento das instituições”, alertou o professor Faustino de Rosa.