logo paraiba total
logo paraiba total

Pequenos negócios paraibanos elevam nível de confiança

3 de outubro de 2016

A expectativa dos donos de micro e pequenas empresas com relação ao cenário econômico atingiu o nível mais elevado do ano, segundo apontou o Índice de Confiança de Pequenos Negócios (ICPN), pesquisa realizada pelo Sebrae. O último estudo divulgado, realizado em junho deste ano, mostrou que a confiança do empresário paraibano está maior que a média nacional, com expectativas de aumento do faturamento e estabilidade no pessoal ocupado. O Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa (5 de outubro) será comemorado com expectativas otimistas para este final de ano.

Em junho, o ICPN do país atingiu 98 pontos, tendo sido o maior do ano e o quarto mês consecutivo de melhora no nível de confiança. Na Paraíba, este índice atingiu 103 pontos, revelando que as expectativas dos donos de pequenos negócios são de que o mercado se expanda. A pesquisa mostrou também que 49% dos micro e pequenos empresários do Estado estão com perspectivas no aumento do faturamento e 84% esperam que o pessoal ocupado se mantenha estável.

“A cada mês, esses índices estão crescendo, o que indica que os pequenos negócios parecem estar iniciando seu processo de recuperação. Acreditamos que, com a melhora do nível de confiança destes empresários, há uma tendência de reaquecimento nas vendas nos próximos meses”, destacou o superintendente do Sebrae Paraíba, Walter Aguiar.

Ele ressaltou ainda a importância das micro e pequenas empresas paraibanas para o desenvolvimento da economia do Estado. Elas são responsáveis por 56% dos empregos formais da Paraíba e por gerar quase 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado. Os pequenos negócios representam 99% do universo empresarial da Paraíba e somam mais de 130 mil empreendimentos.

“Apesar de ainda estarmos passando por um momento de dificuldade econômica, muitos empresários continuam inovando e crescendo. O Sebrae fomenta esse crescimento, oferecendo cursos, consultorias, palestras, eventos e orientações em todo o Estado”, disse o superintendente. Ele acrescentou que as empresas paraibanas ocupam a segunda colocação no ranking nacional de sobrevivência de empresas, com uma taxa de 81%. Ou seja, após os dois primeiros anos das empresas abertas na Paraíba, de cada dez, mais de oito continuam no mercado.

O que é o Índice de Confiança dos Pequenos Negócios

O Índice de Confiança dos Pequenos Negócios (ICPN) é medido em uma escala que varia de 0 a 200. Acima de cem, o indicador revela tendência de expansão das atividades, enquanto abaixo desse valor direciona para possível retração. A pesquisa abrange amostra de 6 mil empreendimentos de todos os setores – Indústria, Comércio, Serviços e Construção Civil, entre microempreendedores individuais (MEI), microempresas e negócios de pequeno porte de todo o país. Neste último estudo, dos 27 Estados, 25 tiveram um aumento do ICPN, comparando-se com o mês anterior.

Quem são os pequenos negócios

Os pequenos negócios são aqueles que faturam até R$3,6 milhões por ano. São divididos em três categorias empresariais, de acordo com sua faixa de faturamento: microempreendedor individual (MEI – faturamento de até R$ 60 mil por ano), microempresa (faturamento de até R$ 360 mil por ano)  e empresa de pequeno porte (faturamento de até R$ 3,6 milhões por ano), além dos produtores rurais.

A figura jurídica do MEI foi criada após a Lei Geral da MPE, em 2006, e vem tirando diversos trabalhadores autônomos da informalidade, criando condições especiais para que ele tenha um CNPJ. Com baixa carga tributária e todos os benefícios do INSS, ao se formalizar o MEI deve faturar até R$60 mil por ano e só pode ter um funcionário.

Na Paraíba, há mais de 130 mil pequenos negócios, sendo 86,5 mil MEI e 43,5 mil microempresas e empresas de pequeno porte. Mais da metade (54%) dos pequenos negócios da Paraíba se concentram em apenas cinco municípios: João Pessoa, Campina Grande, Patos, Santa Rita e Bayeux.

Quanto aos setores de atuação, os pequenos negócios paraibanos dividem-se da seguinte forma: dentre os MEI, 51% são do setor do comércio, 33,7% de serviços, 10,5% da indústria e 4,4% da construção. Já as MPE são 57,5% do comércio, 26,1% de serviços, 9,2% da indústria e 7,2% da construção.