Paraíba tem menor taxa de desocupação dos últimos três anos no 1º trimestre
8 de maio de 2015
Contrariando os índices de desemprego do mercado de trabalho do país e da região Nordeste, que continuam em alta, a taxa de desocupação da Paraíba no 1º trimestre deste ano ficou em 9,1%, a menor dos últimos três anos. Dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgados nessa quinta-feira (07) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que a taxa de desocupação é a menor desde o 1º trimestre de 2012, quando a pesquisa apontou uma taxa de 9,9%, representando uma queda de 0,8 ponto percentual.
De acordo com os dados da Pnad Contínua, a taxa de desemprego no Estado vem caindo nos últimos três anos no 1º trimestre. No ano passado, a taxa de desocupação era maior (9,3%), assim como no primeiro trimestre de 2013 (9,4%) e também no primeiro ano da pesquisa quando a taxa no ano de 2012 atingiu 9,9%.
O índice da Paraíba contraria as taxas de desemprego da Região Nordeste e do país, que subiram no 1º trimestre de 2015, quando comparado ao 1º trimestre de 2014. A taxa de desocupação do Nordeste subiu de 9,3% para 9,6%, nesse período, enquanto no país o índice subiu de 7,2% para 7,9%.
Pessoas desocupadas: Segundo o IBGE, pessoas desocupadas são classificadas como aquelas que estão sem trabalho, mas que tomaram alguma providência efetiva, ou seja, estavam procurando emprego disponível para assumi-lo na semana de referência da pesquisa do IBGE.
No Nordeste, os Estados do Rio Grande do Norte (11,5%), da Bahia (11,3%) e Alagoas (11,1%), com taxa de desocupação acima de dois dígitos lideram o indicador do IBGE entre as maiores taxas de desemprego na Região e também do país.
Segundo dados da Pnad Contínua, todas as regiões brasileiras registraram aumento no desemprego, tanto na comparação com o trimestre anterior quanto em relação ao mesmo período do ano passado. O Centro-Oeste, com taxa de 7,3%, registrou a maior variação, tanto no trimestre (1,7 ponto percentual) quanto no ano (1,4 ponto percentual). O Nordeste foi a região com a maior taxa de desemprego (9,6%), enquanto o menor nível foi registrado no Sul (5,1%). No Sudeste o desemprego atingiu 8% e no Norte, 8,7%. Entre os Estados, o Rio Grande do Norte foi o com maior desemprego no primeiro trimestre (11,5%) e Santa Catarina o menor (3,9%).
“Um terço das 27 unidades da federação marcaram nesse primeiro trimestre de 2015 a taxa mais alta, desde o início da série [2012], na taxa marcada inteira, desde sempre. Houve elevação da taxa de desocupação de várias regiões. Você tem aumento da desocupação, que é superior, em termos proporcionais ao aumento da ocupação. Em comparação com janeiro, fevereiro e março de 2014, houve elevação mesmo. Mas quando você compara com outubro, novembro e dezembro, é natural estar mais elevado, isso é sazonal”, disse coordenador de rendimento e trabalho do IBGE, Cimar Azeredo.
Rendimento médio – No 1º trimestre de 2015, o rendimento médio real dos trabalhadores na Paraíba, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, subiu para R$ 1.265, o que representa uma alta de 4,7% sobre o primeiro trimestre de 2014 (R$ 1.209). Na comparação com o último trimestre do ano passado, encerrado em dezembro, houve crescimento de 0,9% (R$ 1.254).
Segundo o IBGE, a Paraíba registrou o quarto maior rendimento no primeiro trimestre deste ano (R$ 1.265) com valor médio acima da Região Nordeste (R$ 1.251). Na Região, os Estados de Pernambuco (R$ 1.552) e Sergipe (R$ 1.411) registraram as maiores médias no primeiro trimestre deste ano.