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Foto: Arquivo Pessoal

Wanderlust Aí Vamos Nós e o turismo de massa – os moradores odeiam e pedem limites

Vanessa de Melo aborda os impactos do turismo de massa, a necessidade de limites e alternativas para um turismo sustentável e menos prejudicial

19 de junho de 2024

Olá viajante! Como está o planejamento para a próxima viagem? Estou super ansiosa porque vamos acampar e para um destino delicioso.

Vamos aproveitar antes da alta temporada e evitar altos custos, cidade cheia e muitoooo calor. Depois trago as dicas para quem deseja fazer uma road trip e acampar para reduzir custos.

O tema da coluna Wanderlust Aí Vamos Nós de hoje é polêmico porque o turismo de massa voltou com toda força e se não tomarem as rédeas não somente os moradores vão odiar turistas, mas também o meio ambiente que não vai suportar a exploração.

O turismo é o setor que está em evidência devido a sua expansão pós pandemia, e já está chegando a patamares acima de 2019, nunca vistos anteriormente. Poucos destinos, principalmente europeus, podem se vangloriar de estarem livres do turismo de massa e seus malefícios. E os alvos estão clamando respeito e limitações. Imaginem as ilhas Canárias que em um ano recebem 8 vezes mais turistas que sua população, sendo grande parte disso em dois meses do ano. Imagine o caos para os moradores, estruturas de saúde, transporte e etc. Ou a famosa Veneza que mesmo cobrando 5 euros para visitantes, por dia, não teve qualquer redução na taxa de visitantes e a cada ano que passa se torna mais difícil caminhar pelas ruas, em qualquer época.

Vários órgãos estão estudando medidas para limitar turistas, seja na redução de navios cruzeiros que podem trazer 5 mil pessoas numa só viagem. Seja elevando taxas turísticas, preços de museos, produtos e serviços para visitantes. Nenhuma medida resultou já que é além de tudo paliativa, é necessário começar pela origem.

Eu não sou a favor do turismo de massa, há muitas formas de viajar e aproveitar o mundo sem degradar o meio ambiente, as comunidades e a vida dos moradores, mas o slow turismo como é hoje, também não é a solução. Mas você viajante me pergunta: qual seria a sua sugestão para transformar o turismo em sustentável? Um a das possíveis respostas poderia ser investir em destinos menos conhecidos, acessibilidade para visitá-los, turismo fora dos grandes centros oferecendo experiências incríveis que as capitais badaladas não tem mais, a não ser que se agende com muita antecedência. Mas com certeza não seria a única medida.

Nossa belíssima Fernando de Noronha acabou com a chegada de navios cruzeiros, tem taxas altas para instalação de turistas na ilha e mesmo assim, está sempre na sua capacidade máxima. Essas ações ajudaram, mas também nem todos tem acesso ao paraíso, porque se tornou um destino considerado caro.

É preciso conversar, debater com a população, órgãos, setor como um todo para tentar alternativas viáveis e possíveis de serem aplicadas e evitar o colapso dos destinos que passam pelo turismo de massa. Desejo que algo seja feito e em breve para tornar o turismo mais sustentável e não apenas para ilhas e lugares que possuam portos, mas para todos que estão sofrendo com a exploração e especulação financeira.

É viajante o assunto precisa ser debatido e nós devemos refletir como podemos contribuir e não piorar a situação. O que pensas sobre o assunto? Comenta no nosso post no @vanessa_viajante.

A coluna Wanderlsut Aí Vamos Nós de hoje fica por aqui, na próxima semana tem mais! Até lá!

Sobre Vanessa de Melo

Nascida em João Pessoa, na Paraíba, e hoje mora em Portugal. É jornalista, relações públicas, fotógrafa, social media e adora viajar. Já viajou para 7 países e quer fotografar e percorrer o mundo com você. Tem um perfil no Instagram @vanessa_viajante onde traz aventuras, fotos e dicas de viagem, além de estar aqui no portal Paraíba Total toda semana com uma coluna sobre turismo ao redor do mundo.

 

Fonte: Vanessa de Melo