logo paraiba total
logo paraiba total
porchat
Foto: Divulgação

Fábio Porchat: “Subir no palco sozinho, realmente é uma coisa que me desafia e que me faz muito bem”

Da TV ao palco, artista revela detalhes da peça "Histórias do Porchat" e compartilha os desafios e aprendizados de sua jornada profissional

24 de abril de 2025

Ator, humorista, roteirista, apresentador e um dos nomes mais queridos da comédia nacional, Fábio Porchat é sinônimo de boas histórias — sejam elas vividas por ele, por convidados famosos ou anônimos do Brasil afora. Depois de conquistar milhões de espectadores com o programa “Que História É Essa, Porchat?”, no GNT e na TV Globo, o artista agora leva aos palcos uma nova versão desse universo: a peça “Histórias do Porchat” que mistura stand-up com causos inacreditáveis.

Em maio, Fábio Porchat chega ao Nordeste para apresentações do seu aclamado stand-up “Histórias do Porchat”. A mini turnê, que traz relatos de experiências de vida do artista, marca a reta final da jornada hilária que já encantou plateias em mais de 33 cidades e seis países.

O espetáculo passa pelos estados de Pernambuco, Ceará e Paraíba, e inicia com sessão única na cidade de João Pessoa, no dia 2 de maio, às 21h. No dia seguinte, 3 de maio, Porchat desembarca na cidade de Fortaleza para três sessões que acontecem às 15h, 17h e 20h, no Cineteatro São Luiz. Encerrando a passagem pela região Nordeste, o stand-up chega no Recife com apresentação única que acontece no Teatro Guararapes, no dia 4 de maio, às 19h.

Fábio, a peça “Histórias do Porchat?” tem conquistado plateias por todo o Brasil. Como tem sido essa transição do programa de TV para os palcos?

É muito bacana poder ver como o programa tá chegando nas pessoas e as histórias funcionam assim, é muito legal ver que as pessoas estavam precisando de um programa leve assim né para dar risada e poder se distrair e dormir e no programa de vez em quando eu conto uma história ou outra mas quem conta história mesmo são as pessoas, os convidados né e aí eu pensei por que não fazer um show de stand-up contando as minhas histórias. o stand-up já tem esse caminho então por que não contar as minhas histórias de viagem, eu amo viajar e as minhas histórias de viagem são sempre muito malucas então resolvi levar para o palco as histórias que o público gosta tanto.

Você já ouviu muitas histórias absurdas e hilárias no programa. Como você escolhe quais histórias levar para o palco?

Olha, realmente eu ouço todas as histórias que vão ao ar e muitas que não vão. Porque a maioria, na verdade, não se encaixa. Ou porque elas são muito curtas, ou porque elas só têm graça para quem viveu a situação, ou porque não aconteceu muita coisa na história. Às vezes a pessoa acha que a história é boa, mas é boa para ela, mas não é boa para o público. E ainda tem uma outra coisa que é, a pessoa tem que saber contar aquela história. Então, eu tento sempre escolher histórias que me surpreendam, que têm um começo meio fim, que gerem uma sensação de, caramba, não acredito que isso aconteceu.

O que mais te desafia hoje: atuar, escrever, apresentar ou subir ao palco sozinho com um espetáculo como esse?

O que me desafia é poder fazer alguma coisa que eu mesmo considere engraçado, que eu considere interessante e que me pareça interessante pro público, né? Eu não quero fazer mais do mesmo. Quero poder fazer alguma coisa diferente, não quero me repetir. Então, subir no palco sozinho, realmente é uma coisa que me desafia e que me faz muito bem. É muito gostoso eu ver o público dando risadas, assim, das minhas histórias, eu ali em cima, sem cenário, sem figurino, só com as minhas piadas.

João Pessoa está no roteiro da turnê. O que o público paraibano pode esperar de especial na apresentação por aqui?

O povo de João Pessoa pode esperar muita rezada, pode ir levar a família toda, que é uma peça pra rir, todo mundo junto. Não tem polêmica, não tem política, não tem nada disso. O que tem é viagem e história de coisa que deu errado e que todo mundo vai dar risada.

A interação com o público é um ponto forte do espetáculo. Já aconteceu algo inusitado em alguma dessas participações ao vivo?

Eu só interajo com o público, na verdade, no final do espetáculo, quando já terminou, e que eu converso com eles, pergunto sobre quem tem uma viagem legal, quem viajou pra um lugar gostoso, porque daí eu gosto de ouvir um pouco das viagens e das histórias das pessoas. Então, não é uma peça interativa, as pessoas podem ficar tranquilas, que ninguém vai ser transformada em alvo ali no começo do show, no meio do show, então a interação é sempre um bate-papo ao que eu acabo fazendo improvisos em cima do que o público fala.

O que mais te surpreende nas histórias que as pessoas têm coragem de contar publicamente?

Olha, me surpreende ver como as pessoas caem roubadas, me surpreende ver como as pessoas topam fazer coisas das mais maluquinhas possíveis, mas eu também sou assim. Então eu me identifico muito assim, no fim das contas o público, todo mundo tem uma história boa pra contar, né? E essas histórias, se não foram contadas, serviram pra quê? Não é mesmo? A gente precisa contar até pra superar essas histórias.

Fonte: Andréia Barros