Economia Criativa: criatividade como motor da inovação e o caminho para o sucesso nos negócios
Regina Amorim fala como empreendedores criativos são os líderes do futuro, capazes de transformar ideias inovadoras em negócios de sucesso por meio de questionamento, observação e experimentação.
30 de dezembro de 2024
Ideias criativas de negócios sempre rompem barreiras. E por que será que isso acontece? Porque empreendedores criativos pensam e agem de forma diferente. São questionadores, observadores e se relacionam com uma rede de pessoas de comportamentos diferentes.
Empresas inovadoras são quase sempre dirigidas por lideranças criativas, que estimulam sua equipe a questionar, observar, criar e manter uma rede de contatos para trocar experiências e informações.
Mas, nem sempre o resultado da inovação é positivo. Quando isso acontece, geralmente não se fez todas as perguntas corretas, não se fez todas as observações ou os experimentos necessários. Quanto melhor se investe tempo para fazer as perguntas corretas, realizar as observações, obter ideias e contatos de pessoas certas e fazer experimentos, provavelmente se chegará ao resultado bem-sucedido, da inovação.
O domínio das competências criativas que levam à novas ideias estão presentes nas equipes e nas empresas mais inovadoras do mundo. Estudo feito por grupo de pesquisadores apontam que dois terços de nossas competências criativas podem ser desenvolvidas por meio do aprendizado. Empreendedores criativos buscam novas ideias ao conversarem com pessoas capazes de oferecer pontos de vista diferentes, sobre conhecimento, problemas e ideias, que para outros, não têm relação entre si.
É preciso ter coragem para inovar. A maioria dos humanos simplesmente aceita o estado das coisas, sem questionar o seu funcionamento. Pessoas inovadoras se recusam a aceitar o que já é convencional e passam mais da metade do seu tempo em descobertas, com ideias que geram impactos poderosos, dispostos a transformar a situação existente.
A construção de hábitos de descoberta, tornam os inovadores cada vez mais confiantes, em sua capacidade de acreditar na geração de insights criativos, ou seja, a capacidade de sintetizar duas ou mais ideias aparentemente diferentes, em uma associação convergente, na produção de novas conexões, que estavam fora do alcance da mente.
Muitas empresas fracassam em relação à inovação, porque na sua gestão predomina mais competência de execução e menos competência de descoberta. Se você começar a exercitar hábitos de descoberta, a partir das competências criativas – questionar, observar, criar e manter uma rede de pessoas de comportamentos diferentes, fazer experimentos – você poderá desenvolver com mais sucesso, a sua criatividade e contagiar a de outras pessoas.
Produzir em um mundo que pensa diferente é sempre ter que olhar para a próxima etapa e nunca se acomodar. É unir as ideias criativas de forma a provocar o efeito catalisador, estimulando a capacidade de combinar experiências e inovação, em toda a empresa. As ideias inovadoras de outras pessoas, geram contribuições para as suas próprias ideias, ao interagir com as experiências de outros criativos. Quanto mais diversificados forem os seus conhecimentos acumulados, mais associações eles podem fazer quando recebem novas informações. O poder da associação está intrinsecamente ligado às competências criativas.
Os inovadores costumam unir ideias diferentes e incomuns, para chegar a combinações surpreendentes, que levam a ideias criativas de negócios ou a novas descobertas. Seja sempre um empreendedor ou profissional curioso. Fazer perguntas de maneira certa é o caminho para seguir em frente, de forma assertiva e produzir as melhores soluções para os problemas ou para descobrir oportunidades.
As perguntas têm potencial de cultivar percepções criativas, com o objetivo de revelar as sutilezas que outras pessoas não percebem. Perguntar de várias maneiras diferentes, sobre uma mesma curiosidade, é o que os inovadores fazem para descobrir novas ideias de negócios. Os grandes questionadores têm nível elevado de autoestima e de humildade, para aprender com qualquer pessoa, até as que sabem menos que eles.
É questionando, observando, experimentando e trocando experiências, que podemos exercitar, diariamente, a nossa criatividade, nos tornar inovadores e transformadores de negócios, de produtos e processos ou inovadores de um território. A pergunta que fica é: Por que estamos fazendo assim?
Sobre Regina Amorim
É gestora de Turismo e Economia Criativa do Sebrae/PB. Formada em Economia pela UFPB, 1980, com Especialização em Gestão e Marketing do Turismo pela UNB – Universidade de Brasília e com Mestrado em Visão Territorial para o Desenvolvimento Sustentável, pela Universidade de Valência – Espanha e Universidade Corporativa SEBRAE.
Fonte: Regina Amorim