Apesar da alta da Selic, imóveis do Minha Casa Minha Vida seguem atrativos para financiamento
No programa habitacional do Governo Federal, a taxa de juros é ajustada conforme a renda bruta familiar
14 de novembro de 2024
Mesmo com a alta da Selic em 2024, os imóveis do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) continuam sendo uma excelente alternativa para quem deseja investir em um financiamento imobiliário. No programa habitacional do Governo Federal, a taxa de juros é ajustada conforme a renda bruta familiar, proporcionando condições mais acessíveis para aqueles que buscam sair do aluguel e conquistar a casa própria.
O vice-presidente comercial da Lyx Participações e Empreendimentos, Paulo Antonio Kucher, destaca que o MCMV foi estruturado para atender famílias com renda mensal entre R$ 2.850,00 e R$ 8.000,00. Ele explica que, no âmbito do programa, os imóveis contam com taxas de juros reduzidas e fixas, o que viabiliza a aquisição. “Isso permite parcelas menores e mais estáveis ao longo do financiamento”, comenta. Além disso, muitos beneficiários conseguem trocar o custo do aluguel pela parcela da casa própria, o que significa um passo importante em direção à segurança e melhoria da qualidade de vida.
Além disso, o MCMV oferece uma vantagem adicional para aqueles que possuem Conta Vinculada do FGTS: ao comprovar, no mínimo, 36 meses de trabalho sob o regime do FGTS, o contratante pode obter um redutor de 0,5% na taxa de juros. “Esse benefício, somado às condições de juros fixos e acessíveis do programa, faz do Minha Casa Minha Vida uma alternativa viável mesmo em um cenário de juros elevados no mercado financeiro”, analisa Kucher.
Recentemente, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a Selic para 11,25%, uma alta de 0,50 ponto porcentual, passando de 10,75% para 11,25%, após o Copom retomar o ciclo de alta de juros depois de uma discreta elevação de 0,25 ponto em setembro. “Essa elevação na taxa de juros deve impactar, principalmente, os financiamentos de imóveis com valores superiores a R$ 270 mil, ou seja, que não são contemplados pelo programa habitacional”, comenta o vice-presidente.
“A Selic é a taxa que influencia todas as outras taxas econômicas no Brasil. Quando ela sobe, os juros de mercado tendem a aumentar também; quando ela cai, as taxas de produtos financeiros geralmente acompanham essa queda,” explica.
O vice-presidente observa, ainda, que é essencial considerar também o fator de valorização dos imóveis. “Mesmo com parcelas mais altas, a compra de um imóvel continua sendo uma boa opção de investimento e, apesar da alta na Selic, ainda é um excelente investimento,” aponta.
Kucher lembra que, enquanto os imóveis do MCMV mantêm juros pré-fixados pelo Governo Federal, os aluguéis são ajustados pelo IGPM, índice que tem mostrado uma variação maior do que a própria Selic. “Essa análise dos custos e do momento de compra é fundamental, além do benefício de estar investindo em um bem próprio,” ressalta ele.
Benefícios do MCMV no atual cenário econômico
- Taxas de juros baseadas na renda: A taxa de juros no MCMV é calculada com base na renda bruta familiar, garantindo que as condições de financiamento sejam proporcionais à capacidade financeira dos interessados.
- Parcelas menores e estáveis: Com taxas reduzidas e fixas, o programa proporciona maior previsibilidade ao longo do financiamento, ajudando as famílias a planejarem suas finanças sem grandes surpresas.
- Benefício adicional do FGTS: Contratantes que comprovam a titularidade de Conta Vinculada do FGTS por 36 meses, consecutivos ou não, podem ter uma redução de 0,5% na taxa de juros, o que torna o financiamento ainda mais atrativo.