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Foto: Official portrait of President Donald J. Trump, Friday, October 6, 2017. (Official White House photo by Shealah Craighead)

Donald Trump é eleito presidente dos Estados Unidos pela segunda vez. JD Vance assume como vice

Ultrapassando 270 delegados, Trump retorna à presidência

6 de novembro de 2024

Donald Trump, do Partido Republicano, foi declarado presidente eleito dos Estados Unidos, ultrapassando a marca de 270 delegados no colégio eleitoral, segundo projeções de estatísticos a pedido de institutos e veículos de mídia. A confirmação veio às 7h32 (horário de Brasília), quando Trump assegurou 276 delegados, e minutos depois venceu também no Alasca, alcançando 279. Nos EUA, cada estado realiza sua própria apuração, que pode se estender por semanas, mas as projeções oferecem antecipação dos resultados. Vitórias decisivas na Geórgia e na Pensilvânia consolidaram o resultado.

Após vencer em 2016 e perder para Joe Biden em 2020, Trump retorna à presidência quatro anos depois, reforçando sua posição como principal representante da direita norte-americana. JD Vance assume como seu vice-presidente.

As promessas do novo governo

O governo Trump propôs cortar impostos, reduzir a inflação, revitalizar a indústria americana e adotar políticas restritivas contra produtos chineses. A campanha também foi marcada pela promessa de uma deportação em massa de imigrantes e um fechamento rigoroso das fronteiras.

Apesar das acusações de desinformação e retórica xenofóbica, Trump usou a situação econômica fragilizada do país como principal argumento eleitoral. Em seus comícios, perguntava: “Vocês estão melhores agora ou quando eu era presidente?”, uma tática que ressoou entre latinos e afro-americanos, tradicionalmente eleitores democratas. Investigações e processos legais contra ele não impediram seu retorno.

Embora tenha enfrentado resistência entre eleitoras, Trump usou a “guerra cultural” para prometer “anos dourados aos cristãos” e acesso direto desses líderes ao Salão Oval. Ele se recusou a condenar os ataques ao Capitólio em 2021, chamando a invasão de “dia do amor” e sugerindo que usaria as Forças Armadas contra “inimigos internos”.

A campanha marcada por atentados

Em 13 de julho, Trump sofreu um atentado em Butler, Pensilvânia, sendo atingido na orelha por um tiro disparado por Thomas Matthew Crooks, que foi morto por agentes. Outros incidentes, como planos de ataque na Flórida e em 13 de outubro, mostraram a tensão em torno de sua candidatura.

O desafio dos democratas

Kamala Harris, candidata democrata, enfrentou dificuldades para convencer o eleitorado de que seu governo traria mudanças significativas em relação à gestão Biden, especialmente na economia. Segundo a professora Denilde Holzhacker, a desconfiança entre eleitores homens e a pouca visibilidade de Harris como vice-presidente prejudicaram sua campanha, sobretudo em regiões afastadas das grandes cidades, onde a desconexão com Washington se destacou.

Quem é Donald Trump

Nascido em Nova York em 1946, Donald Trump assumiu a Trump Organization aos 28 anos e ganhou fama nos negócios e na mídia com o reality show “O Aprendiz”. Seus negócios no setor imobiliário e cassinos enfrentaram altos e baixos, com múltiplas falências que alimentaram críticas sobre sua imagem empresarial.

Processos e condenações

Trump enfrenta várias acusações judiciais, incluindo:

  • Pagamento à atriz Stormy Daniels: condenado em maio de 2024 por falsificação de registros.
  • Fraude nas eleições de 2020: acusado de tentar reverter o resultado, levando à invasão do Capitólio.
  • Manipulação eleitoral na Geórgia: tentativa de reverter os resultados, culminando em uma acusação formal.
  • Documentos confidenciais: investigado por ocultar documentos secretos em sua propriedade em Mar-a-Lago após deixar a presidência.

Com esses desafios e suas políticas polarizadoras, Trump retorna ao poder em meio a expectativas e tensões.

Fonte: Redação