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Foto: Freepik

Novo sistema de importações deve acrescentar US$ 130 bilhões à economia brasileira até 2040

Especialista em comércio exterior e CEO da China Gate, Rodrigo Giraldelli, afirma que a medida pode intensificar o intercâmbio comercial

18 de outubro de 2024

A partir deste mês inicia a simplificação do sistema de registro de importações por meio do Portal Único de Comércio Exterior, o que vai proporcionar uma economia de R$ 40 bilhões por ano às empresas, segundo informação divulgada pelo Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Além disso, o Governo calcula que o ganho de competitividade e a redução da burocracia deverá acrescentar US$ 130 bilhões à economia brasileira até 2040. O novo sistema beneficiará cerca de 50 mil importadoras existentes no país.

 

Segundo Rodrigo Giraldelli, especialista em comércio exterior entre Brasil-China e CEO da China Gate, especializada em consultoria sobre importação do país asiático, o novo sistema pode intensificar o intercâmbio comercial, como Brasil e China, que está se fortalecendo cada vez mais e o Brasil mantendo a posição de principal fornecedor da América Latina para o mercado chinês.

 

“A tendência é de um crescimento contínuo e diversificado nas relações comerciais entre Brasil e China, beneficiando ambos os países. Através de um cenário de oportunidades e progresso mútuo, consolidando parcerias estratégicas e fortalecendo a economia regional. Diante dessa perspectiva, é fundamental que as empresas brasileiras aproveitem as oportunidades oferecidas pelo mercado chinês e busquem formas para expandir sua presença e competitividade nesse cenário globalizado”, orienta o especialista.

 

O Portal Único substitui o Siscomex, sistema de registro de comércio exterior brasileiro desde 1993. Com a nova plataforma haverá a redução da exigência de documentos, executa simultaneamente processos que eram realizados em sequência e permite a emissão de licenças flex (em que várias operações comerciais são autorizadas por volume de cargas ou por períodos fixos). Em vez de preencher vários documentos, a empresa preencherá a Declaração Única de Importação (Duimp).

 

O projeto piloto da Duimp iniciou em 2018 para as importações, com isso o tempo médio da liberação das mercadorias que chegam ao país caiu de 17 para nove dias. Segundo MDIC, a migração total das importações do Siscomex para o Portal Único de Comércio Exterior gerará uma redução adicional de tempo, de nove para cinco dias no prazo médio da compra de bens do exterior.

 

Giraldelli orienta que as empresas brasileiras que dependem de importações da China adotem estratégias flexíveis para lidar com as variações do mercado. “É fundamental para as empresas brasileiras que atuam no comércio exterior estarem preparadas para se adaptarem rapidamente às mudanças nas condições do mercado”, conclui o CEO da China Gate.

Fonte: Assessoria