
Por que o Brasil está no mapa das gigantes chinesas de construção?
Grandes empresas chinesas buscam participar de leilões de concessão de rodovias no Brasil, visando oportunidades de investimento em infraestrutura
19 de janeiro de 2024
Diante do arrefecimento do setor da construção civil na China – um dos principais motores da segunda maior economia do mundo nos últimos anos – e de olho em projetos bilionários de investimento em infraestrutura no Brasil, grandes conglomerados chineses avisam que o seu maior fornecedor de alimentos está no mapa da internacionalização de suas operações.
Uma das maiores empresas do ramo no mundo, a gigante CRCC manifestou nesta quarta-feira interesse em participar dos leilões de concessão de 214 km de rodovias no litoral paulista e do trecho da BR-040 entre Minas Gerais e Rio de Janeiro, marcado para abril deste ano. Juntos, os dois empreendimentos devem trazer ao país investimentos de mais R$ 12 bilhões ao longo de três décadas.
O presidente da companhia, Deng Young, referiu-se especificamente a estes dois projetos ao destacar a importância do Brasil na agenda internacional da empresa, que já está a cargo da construção da ponte Salvador-Ilha de Itaparica. Presente em 140 paúses, a CRCC vê grandes oportunidades de investimentos no programa de reindustrialização que será conduzido pelo governo e de renovação da infraestrutura nacional. A empresa que faturou US$ 160 bilhões em 2022 é a 39ª maior do mundo, segundo o ranking Fortune 500, onde figura há 17 anos.
“O Brasil e a China estão em uma fase de desenvolvimento muito importante. Há muitas oportunidades no processo de reindustrialização e atualização da indústria do país para promover o desenvolvimento econômico”, disse Deng durante o painel “Infraestrutura etransporte: tecnologia, investimento e eficiência na mobilidade moderna” do Brasil China Meeting — uma iniciativa Lide e Valor, com apoio institucional de O Globo e CBN — que acontece em Shenzhen, na China.
O executivo Yin Xinglei, vice-presidente da CREC Internacional, outro gigante da construção presente no Brasil, afirmou que o grupo também quer participar de projetos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do governo, que tem um orçamento estimado em R$ 1,7 trilhão.
“Queremos participar do PAC para fornecer mais força motriz ao Brasil”, disse Yin, ao afirmar que a CREC pode oferecer projetos nas áreas de construção, infraestrutura e mobilidade.
Confira a matéria completa de Vivian Oswald para o Valor.
Fonte: Varejo SA