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Setor de seguros arrecada mais de R$2,5 bilhões na Paraíba

Setor de seguros arrecada mais de R$2,5 bilhões na Paraíba

Dados foram divulgados durante Encontro Setorial do Nordeste, nesta quinta-feira (23), em Recife

23 de março de 2023

O mercado de seguros paraibano apresentou um crescimento de 20,1% (sem Saúde e sem DPVAT) na procura pelos produtos de seguros em 2022, em comparação com 2021. Segundo levantamento produzido pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), divulgado durante Encontro Setorial do Nordeste, nesta quinta-feira (23), em Recife, a arrecadação do setor foi superior a R$ 2,5 bilhões.

Danos e Responsabilidades foi o segmento com o maior avanço percentual (+30,5%), representando o total de R$ 620,9 milhões. Os produtos desta modalidade que melhor performaram foram: Responsabilidade Civil, com 73,6% de aumento (R$ 8,3 milhões), seguido por Automóvel, com 44,7% (R$ 401,0 milhões), e Rural, com 39,6% (R$ 8,2 milhões). Coberturas de Pessoas também tiveram aumento significativo de 16,2%, com R$ 1,7 bilhão, e os Títulos de Capitalização cresceram 26,0%, somando R$ 201,5 milhões.

Em indenizações (sem Saúde, sem DPVAT e sem VGBL), no mesmo período, a Paraíba teve um aumento total de 5,9%. Os produtos que tiveram os maiores aumentos percentuais em Danos e Responsabilidades foram: Responsabilidade Civil, com 882,4% (R$ 11,2 milhões), seguido pelo Crédito e Garantia, com 53,6% (R$ 7,1 milhões).

O presidente do Sindicato das Seguradoras do Norte e Nordeste (Sindsegnne), Ronaldo Dalcin, destaca que o mercado de seguros vem crescendo constantemente, ano a ano. “Estamos cientes dos desafios e do trabalho que precisam ser realizados, principalmente no que diz respeito à capacitação de todo o nosso ecossistema, visando fortalecer ainda mais o entendimento de que o seguro é uma proteção indispensável para a sociedade e para a economia como um todo”.

Nacionalmente, a indústria do seguro se manteve em alta.  O pagamento de indenizações, benefícios, resgates e sorteios (sem Saúde e sem DPVAT) somaram mais de R$ 219,4 bilhões em 2022, volume 15,5% superior a 2021.  Quando falamos em arrecadação, o setor viu a demanda avançar 16,2% em relação ao ano de 2021, com mais de R$ 355,9 bilhões em arrecadação (sem Saúde e sem DPVAT). Para Oliveira, os dados indicam uma tendência de crescimento mais equilibrado. “O ano de 2022 foi muito positivo. As indenizações cresceram em linha com a arrecadação, mantendo assim um mercado saudável”, enfatiza.

O desenvolvimento da indústria de seguros é um dos temas abordados no PDMS, que tem o objetivo de aumentar a parcela da população atendida em 20% pelos diversos produtos do mercado, além de elevar o pagamento de indenizações, benefícios, sorteios, resgates e despesas médicas e odontológicas dos atuais 4,6% do PIB para 6,5% do PIB. Dyogo Oliveira, estima que, como consequência da implementação do Plano, em termos de receita, o mercado atinja 10% do PIB nacional em 2030. 

“O Plano foi criado a partir da percepção de que o setor pode gerar mais reservas para a poupança nacional e direcionar mais recursos para importantes projetos nacionais, ao apoiar iniciativas públicas e privadas. Assumimos riscos das mais diversas atividades econômicas e oferecemos proteção aos indivíduos e às empresas”, ressalta Oliveira. 

Proteção veicular também foi abordada durante encontro

Durante o Encontro Setorial, o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, também alertou sobre o avanço da proteção veicular. “O consumidor corre sérios riscos porque é um modelo de negócios que já existiu no passado e que deixou um saldo de prejuízos irreparáveis por não cumprir as regras prudenciais e de solvência necessárias no mercado de seguros. Portanto, o avanço das entidades mútuas representa um retrocesso, não só porque concorrem de forma desleal no mercado formal de seguros, mas também porque, sem fiscalização, podem transformar em pó a poupança de milhares de consumidores atraídos por benefícios que não serão concedidos”.

O executivo destacou ainda que as associações de proteção veicular representam perda fiscal de R$ 1,2 bilhão ao ano. Para alertar os consumidores, a CNseg criou o site https://www.seguroautosim.com.br/.