logo paraiba total
logo paraiba total
Entrevista com Luciano Holanda do Sebrae-PB

Luciano Holanda: “No Salão do Artesanato Paraibano, possibilitamos ao artesão a oportunidade de aumentar sua produção, apresentar seus produtos e vender”

Gerente de Políticas Públicas do Sebrae-PB, Luciano Holanda, destaca a importância do evento para incentivar artesãos a comercializar para turistas e pessoenses

24 de janeiro de 2023

Gerente de Políticas Públicas do
Sebrae-PB, Luciano Holanda

João Pessoa está sendo palco do 35º Salão do Artesanato Paraibano. O evento, que ocorre em uma megaestrutura montada na orla do Cabo Branco, reúne 534 expositores de todos os lugares do estado, que mostram seus trabalhos para paraibanos e turistas que transitam pelos corredores do evento. O Salão segue até o dia 5 de fevereiro e já atingiu a marca R$ 1 milhão de peças artesanais comercializadas, apenas na primeira semana.

Na realização do evento, em parceria com o Governo do Estado da Paraíba, está o Sebrae-PB. O Paraíba Total conversou com o gerente de Políticas Públicas do Sebrae-PB, Luciano Holanda, que explicou como atua a entidade neste escopo. Ele destacou a importância do evento para fortalecimento do comércio local e o fomento ao empreendedorismo, a partir do artesanato. “A partir do momento que realizamos uma iniciativa como essa, oferecemos oportunidade para o artesão na geração de renda.  Renda fica dentro do estado, e é o que causa desenvolvimento”, frisou.

Confira, abaixo, a entrevista.

Como é a atuação do Sebrae-PB na sua unidade de atuação?

No Sebrae-PB, nós atuamos na unidade de desenvolvimento territorial e políticas públicas, que é uma unidade que tem como finalidade principal tocar essas pautas que envolvem a articulação institucional, tanto no âmbito municipal, estadual como federal, para que tenhamos um ambiente de negócio bem fortalecido. Complementarmente a isso, atuamos muito fortemente com o desenvolvimento territorial porque acreditamos que o desenvolvimento de um estado tem que partir da ponta, ou seja, do território, do município, daquela menor parte federativa. Então, esse é o foco da unidade na qual estou à frente, uma unidade que tem uma visão estadual, aplicada do litoral ao alto sertão da Paraíba. 

Qual é o papel do artesão e do artesanato nesse cenário?

O artesanato faz parte de uma das prioridades do Sebrae-PB. Nós entendemos que é uma atividade de destaque, que tem todo um potencial e que está presente em todas as regiões do estado. É uma atividade cercada de elementos que não são só econômicos, mas também culturais. A Paraíba desponta como um estado que tem dentre as mais variadas tipologias do artesanato, algumas de destaque internacional, como a  renda renascença. Então, por todos esses motivos, entendemos que é uma atividade em que há uma grande quantidade de famílias que sobrevivem a partir dela.

Como é que o Sebrae-PB fomenta o artesanato como atividade econômica e como ele dialoga com a comunidade para a geração de renda?

Dentro da nossa atuação, temos um programa chamado Programa Brasil Mais Competitivo. E dentro deste programa temos um projeto específico de artesanato, que reúne uma série de esforços e ações que visam, justamente, o desenvolvimento dos artesãos. São ações de capacitação, de acesso à inovação e tecnológica, acesso a design, a mercado, tudo isso com a participação em feiras, em eventos, a exemplo do que estamos vivenciando no 35º Salão do Artesanato Paraibano. Então, esse projeto é justamente o instrumento que nós temos pra fazer um atendimento focado para esse segmento.

O senhor falou da renda renascença, que já é uma referência. O Salão do Artesanato Paraibano acaba sendo uma vitrine para os demais produtos paraibanos também?

Sim e, na verdade, nós temos dois salões,  realizados em João Pessoa e Campina Grande, onde pegamos dois momentos de bastante efervescência no estado. Aqui em João Pessoa, o verão é a alta estação, e isso é bastante favorável para este tipo de ação, porque a gente acredita que a gente vai ter casa cheia a todo momento, até o dia 5 de fevereiro. Durante os festejos juninos, na capital paraibana do forró, que é Campina Grande, nos apropriamos deste momento também, porque atrai as atenções de todo o país. Em ambas as ocasiões,  no Salão do Artesanato Paraibano, possibilitamos ao artesão a oportunidade de aumentar sua produção, apresentar seus produtos e vender.