logo paraiba total
logo paraiba total
eventos
Foto: Divulgação

Mercado de feiras e eventos corporativos deve fechar 2025 com recorde no Brasil

Projeções indicam mais de 1.200 eventos no ano e impacto econômico bilionário, impulsionados pela retomada estrutural do setor

30 de dezembro de 2025

No Brasil, o mercado de feiras e eventos corporativos caminha para encerrar 2025 como um dos anos mais robustos da última década, impulsionado pela retomada consistente dos encontros presenciais, pela força do ambiente de negócios e pela crescente demanda das empresas por relacionamento, geração de leads e posicionamento de marca. A expectativa do setor é ultrapassar a marca de 1.200 eventos de grande porte realizados no ano, com impacto econômico estimado em cerca de R$ 12 bilhões apenas na cidade de São Paulo, consolidando o segmento como um dos motores da economia de serviços no País.

 

Para Fernando Ruas, CEO da Francal, e que também integra o conselho da UBRAFE, o desempenho esperado para o fechamento de 2025 é resultado de uma leitura mais ampla do ambiente econômico e corporativo. “Não é possível interpretar a evolução do setor apenas a partir de indicadores quantitativos. O que sustenta esse crescimento é a capacidade de compreender o contexto em que esses números se formam: os movimentos sociais, as pressões econômicas e as transformações no comportamento das empresas. Quando essa análise qualitativa entra em cena, os dados deixam de ser estáticos e passam a orientar decisões mais precisas”, avalia.

 

Os números do primeiro semestre de 2025 sustentam essa leitura. De acordo com levantamento da UBRAFE, foram realizados 612 eventos B2B de grande porte no período, o que representa alta de 19% em relação ao mesmo intervalo de 2024. Os encontros também reuniram mais de 3,2 milhões de visitantes únicos, resultando em um crescimento de 14% na comparação anual.

 

Segundo Ruas, esse desempenho reforça a mudança estrutural no papel dos eventos dentro das estratégias corporativas. “As feiras e congressos se tornaram espaços privilegiados de escuta ativa. É nesses ambientes que surgem sinais que dificilmente aparecem em relatórios tradicionais: expectativas do mercado, prioridades emergentes e tendências ainda em construção. Esse contato direto gera uma inteligência aplicada, que ajuda as empresas a anteciparem movimentos e ajustar suas estratégias com mais agilidade”, destaca.

O impacto econômico direto na capital paulista somou, ainda, aproximadamente R$ 5,4 bilhões, o que representa R$ 1 bilhão a mais do que no primeiro semestre do ano passado.

 

Na avaliação do executivo, o segundo semestre manteve o ritmo, impulsionado por setores como indústria, varejo, agronegócio, saúde e tecnologia. Olhando para 2026, a perspectiva segue positiva. “Quando os eventos conseguem reunir conteúdo relevante, relacionamento qualificado e leitura de cenário, o investimento deixa de ser pontual e passa a ser estrutural. Esse é o fator que sustenta um crescimento mais equilibrado e reposiciona o Brasil como um dos mercados mais sofisticados e conectados às agendas globais de feiras e eventos de negócios”, conclui Ruas.

Fonte: Assessoria