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Foto: Divulgação

Polo Cabo Branco acelera transformação do eixo Altiplano–Portal do Sol

Empregos, renda e turismo de alto padrão reposicionarão o litoral leste de João Pessoa como novo motor de desenvolvimento econômico e imobiliário da capital paraibana

19 de dezembro de 2025

O Polo Turístico Cabo Branco vai inaugurar uma nova fase para a economia de João Pessoa, redefinindo o papel urbano do eixo formado por Altiplano, Cabo Branco e Portal do Sol. Com investimentos bilionários, geração massiva de empregos, atração de turistas de maior poder aquisitivo e efeitos diretos sobre o mercado imobiliário, o complexo passa a atuar como indutor de desenvolvimento regional, posicionando a zona leste da capital como o principal território de expansão econômica, urbana e imobiliária da Paraíba.

Trata-se de um projeto que vem tornando-se uma verdadeira plataforma estruturante de crescimento, capaz de reorganizar fluxos de renda, decisões de investimento e padrões de ocupação urbana, especialmente nas áreas que já concentram maior densidade de infraestrutura, serviços e mercado imobiliário qualificado.

A implantação do maior complexo turístico planejado atualmente em execução no Brasil representa uma inflexão estratégica no modelo de desenvolvimento da Paraíba. Concebido para estruturar um turismo de maior valor agregado, o Polo Turístico Cabo Branco transcende a hotelaria tradicional e passa a impactar diretamente emprego, renda, construção civil, serviços urbanos e a dinâmica imobiliária de João Pessoa, com reflexos mais intensos no eixo Altiplano–Portal do Sol.

No conjunto, o Polo deverá mobilizar quase R$ 3 bilhões em investimentos, sendo aproximadamente R$ 2,7 bilhões da iniciativa privada e R$ 500 milhões em aportes públicos, com a previsão de gerar mais de 19 mil empregos diretos e indiretos durante a fase de construção e ultrapassar 21 mil postos de trabalho quando estiver plenamente em operação.

Para Alisson Holanda, presidente do Instituto Ranking PB (IRPB), diretor de Expansão do Creci-PB e membro do Conselho do Sinduscon, “o Polo Turístico Cabo Branco é um vetor econômico completo, que ativa emprego qualificado, renda, construção civil, serviços e mercado imobiliário. Quando um equipamento dessa magnitude entra em operação, reorganiza fluxos, decisões de investimento e o próprio desenho da cidade”, analisa.

Um complexo turístico integrado e de escala inédita

O Polo Turístico Cabo Branco foi concebido como um complexo integrando hotéis, resorts, parque aquático, parque temático, equipamentos de lazer, animação turística, comércio e serviços em um único território planejado. Atualmente, o Polo já conta com o Centro de Convenções de João Pessoa e dez empreendimentos contratados, entre os quais :

* Ocean Palace Jampa Eco Beach Resort

* Amado Bio & SPA Hotel

* Tauá Resort & Convention João Pessoa

* Acquaí Parks & Resort

* Holanda’s Gold Resort Club

* Mardisa Hotel e Resort

* W.A.M. Experience

* Hotel Resort Setai

* The Westin João Pessoa

* Parque Terra dos Dinos

Além da iniciativa privada, o Governo do Estado executa obras estruturantes que robustecem o caráter urbano e social do Polo. Entre elas está o Boulevard dos Ipês, via pública de 700 metros de extensão por 33 metros de largura, com cerca de 20 mil m² de área construída, que conectará o Centro de Convenções à praia e funcionará como eixo de integração urbana do complexo.

Também fazem parte do projeto a Vila dos Pescadores, voltada à inclusão social da comunidade do Jacarapé, com moradias e centro comercial, e a Escola de Gastronomia, Hotelaria e Idiomas, destinada à formação técnica de jovens da comunidade do Aratu — reforçando o caráter de geração de emprego qualificado e inclusão produtiva.

Emprego qualificado e mudança no perfil econômico

O estado vive um ciclo consistente de geração de empregos formais, especialmente na construção civil e nos serviços ligados ao turismo. O impacto mais imediato do Polo Turístico Cabo Branco aparece no mercado de trabalho, especialmente na construção civil e nos serviços associados ao turismo.

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostram que a construção civil está entre os principais motores da geração de empregos formais na Paraíba. De janeiro a outubro de 2025, o setor respondeu por 41.378 admissões com carteira assinada, o equivalente a 17,9% de todas as contratações realizadas no estado no período. Em João Pessoa, esse peso é ainda maior: a cada 100 novos empregos formais criados na capital, cerca de 22 estão ligados à construção civil

Com a entrada em operação dos primeiros empreendimentos do Polo, esse movimento tende a se intensificar — e com uma característica central: emprego qualificado. Rômulo Polari, presidente da Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (CINEP), explica que apenas o setor hoteleiro do complexo deverá empregar mais pessoas do que toda a rede hoteleira atual do estado.

“Hoje, a hotelaria da Paraíba inteira gera algo em torno de 4 mil empregos formais. Só o Polo Turístico Cabo Branco deverá empregar entre 6 e 7 mil pessoas diretamente, além de mais de 20 mil empregos indiretos. E estamos falando de empregos qualificados, o que muda o perfil da economia local”, destaca.

Esse novo ciclo pressiona positivamente áreas como capacitação profissional, serviços especializados, comércio, gastronomia, logística e infraestrutura urbana.

Essa mudança acompanha também uma transformação no perfil do turista que o estado passa a disputar. “Vamos começar a receber um turista de maior poder aquisitivo e competir com outros estados do Nordeste por esse visitante. E turista qualificado exige serviço qualificado. O grande desafio dos próximos anos é a formação de mão de obra para o turismo”, ressaltou.

Para o presidente da CINEP, o perfil do Polo foi uma escolha estratégica do governo estadual. “A gente poderia ter escolhido um modelo mais voltado para balada noturna, como acontece em outros destinos. Mas não foi essa a nossa opção. Todos os equipamentos do Polo são pensados para o turismo familiar”, afirmou.

Ele cita como exemplos os parques aquáticos e temáticos, roda-gigante, parques secos e atrações voltadas para crianças. “O maior equipamento do Polo concentra praticamente metade dos leitos e é 100% voltado para o público infantil. A ideia foi minimizar riscos e definir com clareza que tipo de turismo queremos atrair”, explicou.

Turismo, urbanismo e mercado imobiliário convergem

Localizado entre o mar do litoral sul e áreas de Mata Atlântica preservada, o Polo é abraçado pelo Parque das Trilhas, a maior reserva de mata atlântica nativa inserida na malha urbana do Brasil. Essa configuração territorial fortalece o conceito de turismo sustentável e urbanismo planejado, dialogando diretamente com o perfil de cidade buscado por turistas e novos moradores no pós-pandemia.

Impacto no mercado imobiliário

Na avaliação do presidente do IRPB, esse movimento tem reflexos claros sobre o mercado imobiliário do eixo Altiplano–Portal do Sol. “Além de consumir mais turista de maior renda volta, recomenda, investe e, em muitos casos, passa a considerar a cidade como destino residencial. Existe um histórico robusto de conversão do turismo qualificado em demanda imobiliária”, afirma.

Nesse contexto, a verticalização planejada ganha protagonismo como instrumento de uso eficiente do solo, concentrando população em áreas já urbanizadas, reduzindo o espraiamento da cidade e preservando áreas ambientais mais sensíveis — uma lógica que conecta crescimento econômico, sustentabilidade e racionalidade urbana. Esse movimento já é percebido no eixo Altiplano–Portal do Sol, que concentra lançamentos de padrão médio-alto e alto, além de novos serviços voltados a esse público.

Esse fluxo, segundo o presidente da CINEP, tende a se intensificar com a operação plena do Polo, que deve atrair entre um e dois milhões de visitantes adicionais ao longo dos próximos anos. “Com esse equipamento, muita gente vai passar por João Pessoa, conhecer a cidade, e uma parcela muito maior do que a gente tem hoje tende a querer morar aqui, sobretudo naquele vetor de desenvolvimento”, afirmou.

O presidente da CINEP também chama a atenção para o papel do Polo na revalorização do litoral sul da capital, historicamente menos explorado do ponto de vista econômico. Segundo ele, durante muito tempo, o foco ficou concentrado em Cabo Branco, Tambaú e nas praias do litoral norte. A região sul acabou ficando meio esquecida. Com o Polo Turístico Cabo Branco, esse cenário muda completamente: Praia do Sol, Seixas, Penha, Mangabeira, Conde, Carapibus — todo esse entorno passa a se desenvolver junto.

Na leitura de Polari, esse desenvolvimento ocorre tanto pelo lado do turismo quanto pelo mercado imobiliário. “Estamos falando de equipamentos imobiliários mais sofisticados, voltados para um público mais exigente, mas também de oportunidades para quem vai trabalhar ali e quer morar perto. Isso gera emprego, renda e reorganiza a cidade”, pontuou.

Altiplano e Portal do Sol: onde o turismo encontra o mercado imobiliário

A pesquisa realizada pelo Instituto Ranking PB em parceria com o Grupo Prospecta revela que a chamada zona 2 — formada por Altiplano, Cabo Branco e Portal do Sol — reúne 15.250 domicílios, com renda média familiar mensal de R$ 24.396. No conjunto, a região concentra uma massa de renda bruta mensal superior a R$ 372 milhões. Dentro desse universo, os estratos A, AA e AAA somam 3.663 domicílios, responsáveis por mais de R$ 221 milhões mensais em renda, o que evidencia o peso do alto padrão na dinâmica econômica do eixo.

Para Alisson Holanda, o Polo atua como catalisador de uma dinâmica que já estava em curso. “O eixo Altiplano–Portal do Sol já vinha se comprovando como área de alta renda e qualificação urbana. O Polo acelera esse processo, amplia a visibilidade nacional da cidade e cria um ambiente muito mais favorável à atração de investimentos imobiliários estruturados”, afirma.

Além da demanda residencial, cresce a procura por imóveis voltados a serviços, escritórios, clínicas, educação, comércio especializado e moradia para profissionais que atuarão direta ou indiretamente no complexo turístico.

Verticalização, solo urbano, racionalidade ambiental e efeito em cadeia

Um ponto sensível do debate público diz respeito à ocupação do território. Alisson Holanda reforça que o avanço imobiliário no Altiplano e no Portal do Sol não ocorre sobre áreas de mata nativa, mas sobre lotes já antropizados, legalizados e com zoneamento definido.

Segundo ele, as áreas aptas à verticalização — muitas vezes chamadas de “áreas vermelhas” nos estudos urbanos — já estão delimitadas no planejamento da cidade. “A verticalização, quando bem planejada, não é inimiga do meio ambiente. Ao contrário: concentrar mais pessoas em menos território reduz a pressão sobre áreas verdes sensíveis, evita o espalhamento urbano e preserva mais solo ambiental fora dos eixos já consolidados”, analisa.

Na visão do presidente do IRPB, o que ocorre hoje no Altiplano e no Portal do Sol representa um avanço do urbanismo moderno, com uso mais eficiente do solo, maior racionalidade ambiental e melhor relação entre infraestrutura, densidade e serviços.

Um projeto econômico de longo prazo

Para Alisson Holanda, o principal mérito do Polo Turístico Cabo Branco está na sua visão de longo prazo. “Não se trata de um projeto pontual, mas de um ecossistema econômico. Turismo, mercado imobiliário, construção civil, serviços e infraestrutura caminham juntos. O desafio agora é garantir que esse crescimento seja coordenado, sustentável e integrado à cidade”, conclui.

A expectativa é que o complexo também viabilize novos voos nacionais e internacionais, ampliando a conectividade da Paraíba e confirmando o estado como destino competitivo no Nordeste. “O Polo funciona como uma âncora. Ele atrai turistas, investimentos e serviços, mas espalha desenvolvimento para o entorno. Isso vale tanto para o turismo quanto para o mercado imobiliário, que passa a enxergar novas oportunidades em áreas antes pouco exploradas”, afirma Polari.

Com investimentos robustos, geração expressiva de empregos e efeitos diretos sobre a renda e o território, o Polo se torna um dos projetos mais transformadores da história recente da Paraíba — e coloca o eixo Altiplano–Portal do Sol no centro da nova geografia econômica e urbana de João Pessoa.

Fonte: Assessoria