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logística reversa
Foto: Divulgação

Logística reversa ganha importância estratégica no e-commerce com mercado de US$ 15,4 bi no Brasil

Devoluções bem-geridas aumentam a eficiência operacional no comércio eletrônico e transforma devoluções em vantagem competitiva

26 de novembro de 2025

O comércio eletrônico avança em passos largos, evidenciando a experiência completa tanto de quem compra quanto de quem vende. Entre as estratégias mais abordadas pelas organizações, está a adoção de uma política eficaz de logística reversa como elemento central na operação de vendas online. Um levantamento da Invesp aponta que 30% dos produtos comprados online são devolvidos, uma taxa significativamente maior em comparação com as lojas físicas, que possuem uma média de 8,89%.

Isso implica muito mais do que arcar com frete de devolução ou refazer empacotamentos. “A logística reversa, que antes era vista como custo, agora passa a ser tratada como uma operação de valor. Isso porque o ciclo de devolução é também uma extensão direta da experiência de compra. Se mal gerido, pode comprometer a percepção da marca.”, explica Murilo Namura, Head Of Sales da Área de Equipamentos da Pitney Bowes, multinacional orientada pela tecnologia que oferece soluções de envio em SaaS e inovação em correspondências em todo o mundo.

No Brasil, o mercado de logística reversa alcançou US$ 15,418,1 milhões em 2024 e projeta atingir US$ 58,648,3 milhões em 2033, com um crescimento anual composto (CAGR) estimado em torno de 17,1%. Ainda mais, segundo outro levantamento, o segmento de e‑commerce dentro desse escopo já representava em 2024 cerca de US$ 6,922,59 bilhões, sendo apontado como o segmento de mais rápido crescimento para o período 2025‑2032. databridgemarketresearch.com

Segundo pesquisa da Grand View Research, o mercado global de logística reversa teve estimativa de US$ 823,21 bilhões em 2024, com projeção para US$ 3,183,94 bilhões em 2033. No Brasil, esse setor está projetado para crescer de US$ 24,6 bilhões em 2025 para US$ 48,9 bilhões em 2031, conforme a Mobility Foresights.

Além da dimensão econômica, Murilo explica que há também o aspecto ambiental e de governança, visto que uma política de logística reversa bem orquestrada contribui para a economia circular, reduzindo o descarte inadequado e reforçando compromissos ESG. Soluções integradas na cadeia de devoluções podem reduzir custos em até 40% e evitar emissões de CO₂ consideráveis.

Para a empresária ou o gestor do comércio eletrônico, o desafio está em desenhar o fluxo de retorno de modo que seja ágil, claro para o consumidor e eficiente para a empresa. Conforme destaca o Código de Defesa do Consumidor, em compras digitais o cliente possui direito de arrependimento no prazo de sete dias a partir da entrega, o que torna obrigatório pensar a logística reversa como parte da oferta.

“Quando conseguimos fazer com que o retorno do produto não seja visto como falha, mas como parte integrante da experiência do cliente, ganhamos em reputação, satisfação e, no fim, em rentabilidade. É nesse momento que as empresas conseguem transformar devoluções em oportunidade de relacionamento e, para isso, é mais do que necessário investir em soluções que possibilitem realizar esse processo com eficiência”, conclui o porta-voz da Pitney Bowes.

 

Fonte: Assessoria