Especialista aponta erros comuns dos empresários ao investir que freiam crescimento dos negócios
Misturar finanças pessoais e corporativas e deixar recursos parados estão entre principais equívocos; consórcio imobiliário surge como alternativa
12 de novembro de 2025
Muitos empresários brasileiros, ainda pequenos, esbarram em decisões equivocadas quando decidem investir, segundo avaliação de Juciel Oliveira, CEO da Monteo Investimentos e especialista em estratégias de alavancagem patrimonial. Ao tentar proteger o caixa da empresa, é comum que mantenham recursos parados, busquem aplicações de alta complexidade sem conhecimento suficiente ou confundam finanças pessoais com as corporativas, erros que, somados, freiam o potencial de crescimento dos negócios.“ afirma Juciel.
Um dos erros mais comuns é misturar as finanças da empresa com as pessoais. Outro é deixar o dinheiro parado por medo de arriscar ou pela dificuldade de identificar boas opções. A gente atende muitos empresários que têm boa visão de negócios, mas pouca orientação sobre como proteger e fazer crescer o que já conquistaram”, afirma Oliveira.
A percepção da Monteo, empresa que atua com mais de R$1,2 bilhão sob gestão em cartas de crédito, está ancorada no contato direto com mais de 3 mil clientes ativos, muitos deles empreendedores. O cenário reforça a urgência de se discutir alternativas de investimento que combinem segurança e retorno, especialmente em um ambiente econômico ainda marcado por taxas de juros elevadas e crédito bancário restrito.
Nesse contexto, o consórcio imobiliário surge como uma alternativa viável e cada vez mais procurada por donos de pequenos negócios. Diferente de linhas de financiamento convencionais, o consórcio permite usar capital de terceiros, por meio da carta de crédito, para adquirir um imóvel ou bem de alto valor, sem comprometer o fluxo de caixa da empresa. “É uma estratégia segura, escalável e flexível, especialmente quando acompanhada por uma assessoria que entende o momento e os objetivos do cliente”, afirma o executivo.
Dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC) mostram que o setor movimentou R$191,11 bilhões em créditos no segmento de imóveis em 2024, alta de 35% em relação ao ano anterior. O crescimento expressivo reflete uma mudança de comportamento entre investidores que passaram a valorizar modalidades de investimento com maior previsibilidade e menos risco.
Entre os benefícios destacados está a possibilidade de utilizar rendimentos de outras aplicações, como fundos imobiliários ou renda fixa, para quitar as parcelas do consórcio. A prática permite que o empresário mantenha liquidez e, ao mesmo tempo, amplie seu patrimônio. “Direcionar os rendimentos de outros investimentos para o pagamento das parcelas permite que o investidor participe de um consórcio sem a necessidade de descapitalizar seu patrimônio”, exemplifica Oliveira.
O executivo ressalta ainda que a condução estratégica do consórcio deve ser contínua, com acompanhamento profissional, análise de mercado e uso inteligente do crédito no momento mais oportuno. “Com acompanhamento profissional, é possível antecipar movimentos, analisar o comportamento do grupo e tomar decisões com base em dados e contexto, sem depender da sorte”, explica Juciel.
Para Oliveira, o maior desafio segue sendo o acesso à informação. “O que afasta as pessoas do mundo dos investimentos não é a falta de vontade, é a forma como o tema é apresentado”, afirma Oliveira. Ele defende que o mercado precisa abandonar a linguagem excessivamente técnica para incluir perfis que, embora tenham capital e interesse, ainda não se veem como investidores.
A Monteo, fundada em 2011, é reconhecida como a maior referência nacional em estratégias de alavancagem financeira via consórcio e se diferencia pela atuação consultiva junto aos clientes. “Nosso papel é abrir caminho para que o empresário enxergue o investimento como parte do crescimento do seu negócio, e não como um risco isolado”, finaliza o CEO.
Fonte: CNDL