
Outubro Rosa: fisioterapia é aliada essencial na recuperação após o câncer de mama
Acompanhamento fisioterapêutico reduz complicações, fortalece a autoestima e devolve qualidade de vida às pacientes
7 de outubro de 2025
No mês do Outubro Rosa, além da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, especialistas reforçam a importância da reabilitação física das pacientes após o tratamento. E a fisioterapia tem se mostrado uma das principais aliadas na redução de sequelas e na devolução da qualidade de vida das mulheres que passam por cirurgias como a mastectomia. Entre as complicações mais comuns estão a limitação dos movimentos do braço do lado acometido, o risco de linfedema (inchaço decorrente do acúmulo de líquidos), dores, alterações de sensibilidade e mudanças posturais. Essas sequelas podem dificultar atividades simples do cotidiano, como vestir uma roupa ou pentear o cabelo.
Segundo a professora Bruna Pires, do curso de Fisioterapia da Faculdade Internacional da Paraíba (FPB), integrante do Ecossistema Ânima, o suporte fisioterapêutico deve ser entendido como parte essencial do tratamento oncológico. “Por meio de exercícios específicos, técnicas manuais e orientações posturais, conseguimos devolver mobilidade, reduzir a dor e melhorar a circulação linfática. Estudos mostram que cerca de 70% das mulheres que não fazem acompanhamento fisioterapêutico apresentam algum grau de limitação funcional; já com o tratamento adequado, esse índice cai para menos de 20%”, destaca.
O processo de reabilitação varia de acordo com cada paciente, mas dura geralmente de três a seis meses, com sessões semanais, podendo se estender em casos mais complexos. Além disso, a continuidade do cuidado em casa faz toda a diferença. “Pesquisas apontam que mulheres que mantêm a prática regular dos exercícios recomendados apresentam 50% menos risco de desenvolver complicações tardias, como rigidez no ombro ou linfedema”, explica a professora.
O suporte fisioterapêutico vai além do aspecto físico, ele fortalece a autoestima e favorece o retorno às atividades diárias, incluindo o trabalho e o lazer. Por isso, deve ser visto como parte essencial do tratamento oncológico, tanto quanto a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia. A ausência desse acompanhamento, por outro lado, pode resultar em limitações de movimento, dores posturais e até linfedema, que afeta até 40% das mulheres sem tratamento fisioterapêutico adequado. Além dos impactos físicos, essas dificuldades podem gerar insegurança e prejudicar a aceitação da nova autoimagem.
A importância do apoio psicológico na recuperação
Além dos desafios físicos, o enfrentamento do câncer de mama provoca mudanças profundas na forma como as mulheres se percebem e se relacionam com o próprio corpo. A perda da mama, os efeitos colaterais do tratamento e o medo da recidiva costumam gerar sentimentos de ansiedade, tristeza e insegurança.
O acompanhamento psicológico, individual ou em grupo, tem papel fundamental nesse processo. Ele ajuda na reconstrução da autoestima, no enfrentamento do estresse e na adaptação às novas condições corporais. Além disso, o suporte emocional favorece o engajamento nas etapas de fisioterapia e nos hábitos de autocuidado, contribuindo para uma recuperação mais completa, física e emocionalmente.
A FPB possui a Clínica Escola de Psicologia, com atendimento gratuito à população. Com um ambiente de acolhimento e orientação profissional, são oferecidos os serviços de Escuta Psicológica e Psicoterapia.
Fonte: Assessoria