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Foto: Divulgação

Consumo de energia elétrica cai 1,4% em agosto na comparação com 2024, aponta CCEE

Setor de saneamento lidera crescimento, enquanto telecomunicações e serviços registram maiores quedas; Acre e Maranhão se destacam com alta no consumo

3 de outubro de 2025

Segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), organização que acompanha em tempo real as movimentações do setor, o consumo de energia elétrica em agosto totalizou 66.632 megawatts médios (MW médios). O volume representa uma retração de 1,4% quando comparado com o mesmo período do ano passado. Já em relação a julho, houve aumento de 1%, interrompendo a sequência de cinco meses em queda.

 

A CCEE analisa separadamente dois mercados. A demanda chegou a somar 37.333 MW médios no ambiente regulado, tradicional pelo fornecimento de energia via distribuidoras locais, no qual estão a maior parte dos consumidores residenciais. No segmento, a queda foi de 1,2%. No mercado livre, em que é possível escolher o fornecedor com base em critérios como preço e fontes de geração, foram utilizados 29.299 MW médios, uma redução de 1,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

 

 

Após registrar o pico de consumo em fevereiro, a chegada do outono e inverno, estações frias do ano, explicam a queda nos indicadores. Nesta época é comum os consumidores utilizarem com menos frequência seus equipamentos de refrigeração, como os ar-condicionados e ventiladores. Já o crescimento em agosto indica a chegada da primavera, prevista para o final de setembro, mas com impactos climáticos registrados no mês.

Setores da economia

O consumo dentro dos 15 ramos de atividade econômica analisados pela Câmara ajuda a explicar as retrações no ambiente livre. O levantamento aponta que, em agosto, os setores de Saneamento (2,9%)Minerais Não-Metálicos (0,7%) e Transporte (0,5%) lideraram os avanços no comparativo anual. Por outro lado, Telecomunicações (-5,6%) e Químicos (-5,1%) foram as retrações mais expressivas.

 

Ao todo, foram nove os ramos econômicos em queda, com destaque para Serviços (-5,0%) entre as maiores reduções. O setor composto por shoppings e outros grandes estabelecimentos comerciais representa a maior parcela de consumidores no mercado livre e sua atuação tímida no mês ajuda a justificar a retração deste ambiente em relação a 2024.

 

 

 

Análise regional

A CCEE também analisa o comportamento do consumo por estado. Acre (12,1%)Maranhão (7,2%) e Piauí (4,4%) tiveram as maiores taxas de aumento no mês, na contramão do Mato Grosso do Sul (-8,8%), Amapá (-8,6%)Goiás e Rondônia (ambos com -4,5%), que tiveram as maiores reduções.

 

 

 

Fonte: Assessoria