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Foto: Divulgação

Projeto “Cozinha que Educa e Transforma” leva oficinas sobre reaproveitamento da fibra de caju a comunidades

Iniciativa da FPB promove capacitação e combate ao desperdício em parceria com Embrapa

26 de setembro de 2025

Oficinas de gastronomia que ensinam o reaproveitamento da fibra de caju estão transformando resíduos que antes seriam descartados em novas oportunidades de renda e conscientização alimentar. A ação faz parte do projeto de extensão Cozinha que Educa e Transforma, desenvolvido pela Faculdade Internacional da Paraíba (FPB), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil, o Ecossistema Ânima, que conecta alunos de Gastronomia a comunidades em situação de vulnerabilidade e aposta na prática social como parte da formação acadêmica.

Ao longo do semestre 2025.2, serão realizadas seis oficinas em parceria com a Câmara de Vereadores de Jacaraú e empresas locais, beneficiando os moradores da cidade. O trabalho utiliza a tecnologia da Embrapa, que converte resíduos da agroindústria de sucos e polpas em um coproduto com alto teor de fibras (cerca de 60%), reduzindo o descarte de até 90% da fruta do caju.

De acordo com o professor Tássio Medeiros, coordenador do projeto, a extensão é fundamental para a formação integral dos alunos. “O projeto de extensão é um pilar da faculdade, na extensão a gente trabalha com diversas atividades que contribuem com o ensino em sala de aula. Isso é importante porque a gente quer colocar no mercado de trabalho um profissional que seja completo, trabalhando diversas competências, incluindo uma visão social sobre a gastronomia. “Por isso, fazemos questão que existam novos públicos. A gente só gera representatividade quando chega em públicos diferentes. Isso enriquece o projeto e ajuda a fazer com que ele tenha mais força e chegue mais longe”, afirma.

A iniciativa também é conduzida pela aluna de Gastronomia da FPB, Maiara Sousa, que se tornou embaixadora da cajucultura em sua cidade natal, Jacaraú. Foi a partir de sua vivência no curso que ela identificou o potencial do caju como solução contra o desperdício. “Esse projeto nasceu dentro da FPB, no ‘Cozinha que Educa e Transforma’, com a proposta de desenvolver pratos sustentáveis para pessoas em situação de vulnerabilidade. Ali percebemos a problemática do desperdício e vimos que poderíamos criar receitas diferentes, trazendo novas possibilidades de renda”, relembra.

Segundo Maiara, a realidade local, em que apenas a castanha era aproveitada e a fruta descartada, foi o ponto de partida para expandir o projeto. “Uma das problemáticas do meu município era o desperdício do caju. Levei isso para dentro da cozinha e comecei a desenvolver pratos a partir da fruta. Depois, com o apoio do vereador Peron Filho, conseguimos ampliar o projeto, trazer impacto positivo para a comunidade e atrair a atenção da Embrapa, que nos ajudou a trabalhar com a fibra de caju desidratada”, completa Maiara.

O projeto tem o objetivo de levar conhecimento e conscientização aos alunos envolvidos sobre o uso integral dos alimentos. Além de capacitar a comunidade sobre técnicas de reaproveitamento dos subprodutos e empreendedorismo. Com as oficinas práticas de gastronomia, espera-se que o projeto, em parceria com a Câmara Municipal de Jacaraú-PB, consiga impactar e levar educação para mais de 100 pessoas.

Fonte: Assessoria