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Foto: Freepik

Geração Z será a mais rica, mas é a que mais gasta, aponta pesquisa

Jovens dizem que possuem melhores condições financeiras do que os pais quando tinham a mesma idade, segundo pesquisa da Serasa

24 de junho de 2025

Em dez anos, a Geração Z será a mais rica do mundo, de acordo com pesquisa do Bank of America. Isso significa dizer que a renda das pessoas que possuem entre 18 a 29 anos poderá alcançar US$40 trilhões até 2040. O mesmo estudo, contudo, trouxe outro dado preocupante, essa também é a geração que mais gasta.

Embora a pesquisa do Bank of America indique que os jovens se sentem em situação pior que a de seus pais na mesma idade, outra pesquisa feita com jovens da geração Z brasileiros pela Serasa e a Opinion Box mostrou uma percepção diferente. Segundo o estudo nacional, 67% dos entrevistados afirmam que possuem hoje uma condição financeira melhor do que a dos pais com a mesma idade.

Outros dados das pesquisas, porém, coincidem. Por exemplo, quando falamos de despesas básicas. Segundo o estudo do Bank of America, os gastos com aluguel e serviços essenciais estão mais caros para a geração Z do que para o restante da população. Isso se alinha aos dados da Serasa: 69% dos entrevistados dizem que a maior parcela da sua renda é destinada a custear os mesmos serviços básicos.

Porém, para alcançar objetivos maiores, é preciso poupar. A pesquisa da Serasa mostra que 51% dos jovens brasileiros pretendem poupar para comprar um imóvel ou um carro, enquanto a do Bank of America mostra que os saldos dessa geração não cobrem nem um mês de despesas básicas, o que pode jogar esses jovens rapidamente no universo da inadimplência.

Para o CEO da iCred, Túlio Matos, a inadimplência e o nome negativado de grande parte da população economicamente ativa impactam a economia como um todo. “O endividamento afeta principalmente o setor de comércio e serviços, que percebe uma redução nas vendas e contratações, e consequentemente, acaba promovendo cortes. Em breve, a Geração Z representará metade da força de trabalho, gerando um efeito em cadeia que pode frear o crescimento do país”, alerta.

Para ele, o problema pode piorar porque existem outros fatores que contribuem para este cenário, como a falta de educação financeira entre os mais jovens. De acordo com um estudo da Serasa, apenas 10% dos jovens tiveram acesso significativo à educação financeira em casa.

Mas Túlio alerta que os empréstimos só devem ser considerados se observados alguns requisitos. “O crédito deve ter um papel de colaborar na solução do endividamento, para a pessoa se organizar financeiramente e planejar melhor o futuro”, afirma.

Confira, a seguir, algumas dicas para colocar as finanças em dia:

Organize seus gastos

Para iniciar o planejamento financeiro, tenha o controle de todos os seus gastos fixos e eventuais. Registre em uma planilha todos os seus gastos, e liste até mesmo gastos não programados, como uma ida ao dentista, a compra de um remédio ou uma visita do pet ao veterinário.

Analise sua renda e alinhe os números

Após o primeiro passo, avalie se sua renda é compatível com as despesas. Caso não seja, será necessário rever quais gastos são realmente necessários e quais podem ser cortados. Vale lembrar que até as despesas básicas podem ser reduzidas, como economizar nas contas de água e luz, optar por produtos mais baratos no mercado ou, ainda, deixar de comprar itens desnecessários, como os famosos deliveries.

Considere as emergências

Todos sabemos que emergências acontecem: um cano quebrado, uma doença ou qualquer outro imprevisto. O ideal é ter uma reserva para emergências, ou optar por um empréstimo consignado dentro da sua possibilidade de pagamento. Analise as alternativas com calma e uma calculadora na mão.

Pense no futuro

Para compras grandes, de bens duráveis ou de longo prazo, é necessário se preparar. Vale poupar o que for possível. A recomendação é poupar 20% da renda, mas se este valor for muito alto para você, comece com o que pode. E seja constante, ainda que com valores pequenos.

Fonte: Assessoria