
Musicoterapia: a força da música no cuidado emocional e no ambiente corporativo
UNIESP Centro Universitário destaca os efeitos terapêuticos da música na promoção da saúde mental, com ênfase na atuação em empresas e na psicologia clínica
17 de junho de 2025
A música, além de entreter e emocionar, exerce um papel fundamental no funcionamento do cérebro humano. É capaz de ativar áreas ligadas à memória e à cognição, estimulando a liberação de neurotransmissores como dopamina e endorfina — substâncias responsáveis por proporcionar bem-estar, prazer e alívio do estresse. A simples escuta de uma canção pode alterar o estado emocional de uma pessoa, contribuindo diretamente para a diminuição de quadros de ansiedade e tensão.
No contexto terapêutico, essa força da música ganha ainda mais relevância. A psicóloga e professora do UNIESP Centro Universitário, Aline Arruda, ressalta o poder afetivo das melodias e como elas despertam memórias e emoções profundas. “A música é capaz de mexer com as emoções e a musicoterapia pode ser uma ferramenta utilizada pela psicologia por causa dessa relação afetiva. Nosso corpo é ritmado, a gente tem o ritmo do coração, a gente tem o ritmo de fala, a própria pulsação, então isso é algo natural do ser humano. Nós vemos relatos de pessoas em processo de degeneração cognitiva que, quando escutam uma música, conseguem cantar aquela canção e relembrar aquele momento, portanto a parte do cérebro que a música ativa é uma parte mais difícil de ser perdida”, explica a professora.
A musicoterapia, como prática integrativa, tem sido amplamente adotada em contextos diversos, atendendo pessoas de todas as idades. Seus benefícios vão além do tratamento individual: promovem socialização, desenvolvimento motor, estímulo da linguagem, melhora na comunicação e fortalecimento das capacidades cognitivas e emocionais. E essa atuação tem ganhado cada vez mais espaço também dentro das organizações.
Com a atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), do Ministério do Trabalho e Emprego, as empresas passaram a ser legalmente incentivadas a identificar e lidar com riscos psicossociais em seus ambientes. Fatores como assédio moral, jornadas excessivas, sobrecarga e conflitos interpessoais passaram a fazer parte de um novo olhar sobre saúde mental nas corporações. Neste cenário, a musicoterapia organizacional se apresenta como uma alternativa eficiente e acolhedora.
Sergio Aires, especialista em musicoterapia organizacional, destaca a aplicação prática da ferramenta. “A musicoterapia no ambiente corporativo, chamada de musicoterapia organizacional, é indicada em situações de estresse no ambiente de trabalho, baixa motivação, conflitos interpessoais, dificuldades de comunicação, processos de mudança organizacional e para fortalecer o engajamento e a saúde mental dos colaboradores”, explica.
Ainda segundo o especialista, as intervenções musicais dentro das empresas ajudam a resgatar o senso de pertencimento dos profissionais e contribuem para a construção de ambientes mais leves e produtivos. “As sessões podem ser individuais ou em grupo e alguns dos benefícios alcançados são redução do estresse, melhora da comunicação, aumento da criatividade, fortalecimento do espírito de equipe e promoção de um ambiente mais saudável e produtivo”, completa.
O UNIESP Centro Universitário tem como compromisso promover o conhecimento e incentivar práticas de cuidado com a saúde emocional, destacando a musicoterapia como uma aliada poderosa no enfrentamento dos desafios da vida moderna — seja nos consultórios, nas escolas ou dentro das empresas.
Fonte: Assessoria