
Atenção aos sinais: Aumento de casos respiratórios em crianças na Paraíba
Com 63,5% mais atendimentos, especialista recomenda cuidados redobrados e atualização vacinal
17 de junho de 2025
A Paraíba tem registrado um crescimento expressivo nos atendimentos pediátricos por síndromes respiratórias, especialmente entre os meses de fevereiro e maio de 2025, quando houve um aumento de 63,5% nas buscas por assistência médica para sintomas respiratórios em crianças. As cidades com maior volume de registros foram João Pessoa, Campina Grande, Sousa e Queimadas.
Segundo o pediatra e professor da Afya Educação Médica, Edgar Costa, as principais doenças respiratórias que acometem as crianças neste período incluem a bronquiolite viral aguda — especialmente em menores de dois anos — e as infecções de Vias Aéreas Superiores ( IVAS) , ambas tendo como principais agentes etiológicos , os vírus como o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), SARS-CoV-2, rinovírus, influenza , parainfluenza e adenovirus. “Esses vírus são os grandes responsáveis pelas internações pediátricas nesta época do ano, quando há um aumento natural da circulação de agentes respiratórios”, explica o médico.
Entre os sinais de alerta para os pais e responsáveis, ele destaca sintomas como dificuldade para respirar, respiração acelerada, chiado no peito, febre persistente, sonolência excessiva, coloração azulada nos lábios ou extremidades (cianose) e recusa alimentar. “Esses sinais indicam que o quadro está se agravando. A orientação é buscar atendimento médico imediatamente”, reforça.
A recomendação é que os pais procurem uma unidade de saúde ao notar qualquer sinal de desconforto respiratório, febre alta por mais de 48 horas ou tosse persistente. “A rapidez na busca por atendimento pode fazer toda a diferença no desfecho do caso”, alerta Edgar.
Ele também chama atenção para os cuidados em casa. “Manter a criança bem hidratada é essencial. Ofereça líquidos com frequência, mesmo que em pequenas quantidades. A alimentação deve ser leve e nutritiva, e é importante evitar qualquer tipo de automedicação”, orienta. Em casos de congestão nasal, a lavagem com soro fisiológico pode ajudar bastante, segundo o especialista.
Com o aumento dos casos, escolas e creches também devem adotar medidas preventivas.
Edgar destaca a importância da higienização frequente das mãos, da ventilação dos ambientes e da necessidade de afastar temporariamente crianças com sintomas respiratórios. “Outro ponto fundamental é garantir que o calendário vacinal esteja atualizado, especialmente com as vacinas contra influenza e COVID-19”, ressalta.
Para ele, a prevenção ainda é a principal aliada no enfrentamento desse cenário. “Precisamos da colaboração de todos — famílias, profissionais de saúde e instituições de ensino. Só assim vamos proteger nossas crianças e evitar que casos leves evoluam para quadros mais graves”, orienta o professor da Afya Educação Médica.
Fonte: Vivass Comunicação