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Foto: Divulgação

Copom mantém taxa Selic em 15%; quais investimentos se tornam mais atrativos nesse cenário?

Para especialista, quem quer investir deve ficar atento ao comportamento da Selic em 2026

22 de dezembro de 2025

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) divulgou, na terça-feira (16), a ata referente à reunião de dezembro. A ata do Copom seguiu o mesmo tom do comunicado que anunciou a manutenção da Selic em 15%, patamar mais elevado em quase 20 anos.

Apesar de reconhecer o arrefecimento da inflação, o Copom declarou que um cenário político externo ainda incerto e o mercado aquecido ainda impedem o início de um ciclo de queda de juros. O comitê avisou ainda que não vai hesitar em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado.

“A manutenção da Selic em 15% em dezembro mostra a cautela do Copom diante do cenário fiscal do país”, explica Sérgio Guedes, Diretor Administrativo da SIR Investimentos. “O Banco Central avalia que os efeitos do aperto monetário ainda estão em curso e que uma sinalização prematura de afrouxamento poderia comprometer a credibilidade da política econômica”, complementa.

Para os especialistas, o cenário externo incerto é um dos principais fatores que reforçam a necessidade de juros elevados para conter pressões cambiais e inflacionárias.

Renda fixa ganha destaque em 2026 com Selic em alta

De acordo com Sérgio Guedes, a manutenção da taxa Selic em um patamar elevado tende a favorecer determinados tipos de investimentos, especialmente os de renda fixa.

“Com a Selic elevada, os principais beneficiados são os investimentos pós-fixados atrelados ao CDI, como Tesouro Selic, CDBs, LCIs e LCAs”, comenta. “Esses ativos passam a oferecer retornos mais atrativos e com baixo risco, o que favorece o investidor mais conservador. Já a renda variável tende a perder atratividade enquanto o ambiente de juros altos perdurar”, diz o especialista.

Para além da taxa Selic atual, é importante que os investidores analisem as perspectivas de manutenção, alta ou queda da taxa de juros em 2025.

Embora o Banco Central ainda não tenha sinalizado um início do ciclo de queda, Sérgio Guedes explica que essa possibilidade deve ser levada em consideração na hora de alocar a renda e montar sua carteira de investimentos.

“É fundamental que o investidor olhe além do cenário atual e considere as perspectivas para 2026, quando alguns analistas apontam para a possibilidade de início de queda da Selic”, indica Sérgio. “Antecipar esse movimento pode abrir oportunidades em ativos de prazo mais longo e maior risco. Nesse cenário, contar com uma assessoria especializada é essencial para ajustar a estratégia e equilibrar risco e retorno ao longo do tempo”, conclui.

Fonte: Assessoria