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Foto: Rovena Rosa/ Agência Brasil

Com mais 0,5% em outubro, vendas do comércio varejista crescem 1,5% em dez meses

Segundo o IBGE, dado mais significativo dos resultados em outubro é que a maioria dos segmentos varejistas - sete, em oito pesquisados - cresceu. Na comparação com outubro de 2024, elevação foi de 1,1%. Se somados os bens duráveis - como carros, por exemplo - a taxa de crescimento de setembro a outubro deste ano foi de 1,1%

11 de dezembro de 2025

Em outubro de 2025, o volume de vendas do comércio varejista do país cresceu 0,5% frente a setembro. Foi a primeira alta estatisticamente significativa desse indicador desde março. Frente a outubro do ano passado, as vendas do varejo cresceram 1,1%, acumulando 1,5% no ano e 1,7% nos últimos 12 meses. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada hoje (11) pelo IBGE.

Para Cristiano Santos, gerente da Pesquisa Mensal de Comércio, a alta de 0,5% na série com ajuste sazonal “rompe com o padrão observado, de variações pequenas ou negativas. Foi uma alta espalhada, pois o volume de vendas cresceu em sete dos oito setores investigados pela pesquisa”.

Outubro trouxe sete altas entre as oito atividades do varejo

De setembro para outubro de 2025, na série com ajuste sazonal, sete das oito atividades do comércio varejista mostraram taxas positivas no volume de vendas: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,2%), Combustíveis e lubrificantes (1,4%), Móveis e eletrodomésticos (1,0%), Livros, jornais, revistas e papelaria (0,6%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,4%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,3%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,1%). O único resultado negativo foi em Tecidos, vestuário e calçados (-0,3%). Para Cristiano, “essa queda se deu, principalmente, pela parte de vestuário, de produtos de moda e acessórios.”

Embora o comércio varejista, em outubro, tenha registrado vendas maiores em bens como móveis e eletrodomésticos, outra pesquisa, a que mediu o crescimento do PIB no terceiro trimestre, mostra redução do consumo das famílias naquele período. Segundo análise da Secretaria de Política Econômica, do Ministério da Fazenda, a queda no consumo das famílias se deve à alta taxa básica de juros, definida pelo Banco Central.

Varejo ampliado cresce 1,1% frente a setembro

Ainda na comparação com setembro, na série com ajuste sazonal, o comércio varejista ampliado cresceu 1,1%. Nesse segmento, duas atividades mostraram taxas positivas no volume de vendas: Veículos e motos, partes e peças (3,0%) e Material de construção (0,6%).

O gerente da pesquisa observa que “esse resultado do varejo ampliado foi bastante influenciado por veículos, motos, partes e peças, e pela atividade de atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo”.

Ante o mesmo mês de 2024, as vendas cresceram em seis das oito atividades

Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o volume de vendas do comércio varejista cresceu 1,1%, com altas em seis das oito atividades pesquisadas: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (8,1%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (5,7%), Móveis e eletrodomésticos (3,5%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,0%), Livros, jornais, revistas e papelaria (0,9%) e Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,3%). A única variação negativa nesta comparação foi no setor de Tecidos, Vestuário e Calçados (-3,3%). O setor de Combustíveis e lubrificantes mostrou estabilidade nesta comparação (0,0%).

No comércio varejista ampliado, Veículos, motos, partes e peças caiu 4,3% em relação a janeiro de 2024, Material de Construção teve queda de 3,9%. As vendas do setor de Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceram 1,9%.

Frente a setembro, varejo teve taxas positivas em 19 das 27 UFs

Em relação a setembro, 19 das 27 Unidades da Federação mostraram altas no volume de vendas, com destaque para Espírito Santo (2,7%), Rondônia (2,6%) e Distrito Federal (2,5%). Por outro lado, sete das 27 UFs tiveram taxas negativas nesse indicador, principalmente Mato Grosso (-1,8%), Rio Grande do Sul (-1,2%) e Maranhão (-1,0%). Santa Catarina registrou estabilidade (0,0%).

No comércio varejista ampliado, a variação entre setembro e outubro de 2025 foi de 1,1% com resultados positivos em 18 das 27 Unidades da Federação. Os destaques foram Amapá (2,8%), Pernambuco (2,3%) e Distrito Federal (2,2%). Por outro lado, o volume de vendas recuou em nove das 27 UFs, principalmente no Rio Grande do Sul (-2,6%), Alagoas (-1,4%) e Tocantins (-0,7%).

Na comparação com outubro de 2024, a variação das vendas no comércio varejista foi de 1,1%, com resultados positivos em 20 das 27 Unidades da Federação. Os destaques foram Amapá (10,1%), Rio Grande do Norte (8,3%) e Santa Catarina (4,8%). Do lado negativo, houve seis taxas, principalmente em Roraima (-8,9%), Piauí (-4,1%) e Rio de Janeiro (-1,8%). São Paulo mostrou estabilidade (0,0%) no volume de vendas.

Já no comércio varejista ampliado, ainda em relação a outubro do ano passado, o volume de vendas recuou (-0,3%). Houve resultados positivos em 16 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Tocantins (13,2%), Amapá (7,9%) e Mato Grosso (7,6%). Por outro lado, 11 UFs tiveram resultados negativos, com destaque para Piauí (-4,4%), São Paulo (-3,1%) e Rio Grande do Sul (-2,6%).

Mais sobre a pesquisa – A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) acompanha o comportamento conjuntural do comércio varejista no país, investigando a receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, cuja atividade principal é o comércio varejista. Iniciada em 1995, a PMC traz resultados mensais da variação do volume e receita nominal de vendas para o comércio varejista e comércio varejista ampliado (automóveis e materiais de construção) para o Brasil e unidades da federação. Os resultados podem ser consultados no Sidra . A próxima divulgação da PMC, referente a novembro de 2025, será em 15 de janeiro de 2026.

Fonte: Agência Gov