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Foto: Divulgação

Economia Criativa: felicidade corporativa é o novo indicador que pode aumentar produtividade em 31% e inovação em 300%

Regina Amorim fala sobre como o empreendedorismo criativo coloca bem-estar no centro dos negócios; empresas como Heineken Brasil já adotam programas com "embaixadores da felicidade"

9 de dezembro de 2025

O empreendedorismo criativo pode ser um caminho para a felicidade. Você acredita nisso? Empreendedor é aquele que tem dedicação criativa, que é capaz de contagiar todos à sua volta, tocar a alma dos colaboradores e clientes, independente das funções que ocupam, da idade e da classe social. O empreendedor criativo está sempre de coração aberto, irradiando energia, criatividade e otimismo. Não tem como empreender, sem acreditar no seu próprio negócio.

“Nunca vi uma pessoa bem-sucedida, pessimista. As pessoas bem-sucedidas que conheço são otimistas.” Essa frase é de Warren Buffett, o mais bem sucedido investidor do século 20. Em 2025, sua fortuna ocupa a 4° posição do ranking das pessoas mais ricas do mundo. Também é oportuna a frase de Albert Einstein, que considero bem verdadeira, para destacar o empreendedorismo criativo: “A mente que se abre para uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original”.

A vida é feita de escolhas. Quem empreende criativamente, precisa falar de felicidade! Afinal, queremos ser vítimas ou vencedores? Ser felizes ou infelizes? Ser feliz é um estado muito pessoal de cada indivíduo. Dá para buscar a felicidade não só em grandes conquistas ou algo difícil e demorado para alcançar, mas nas pequenas coisas do dia a dia, tornando a felicidade real, possível e acessível.

Muitas empresas têm indicadores de desempenho, mas poucas têm indicadores de felicidade! Ela ainda é tratada como um valor, fora do ambiente profissional e empresarial. Ou seja, não há interesse de saber se as pessoas ou colaboradores estão de fato felizes, mesmo alcançando os melhores resultados financeiros, de produtividade e eficiência. A maior contradição de um empreendedor é entregar resultados, tendo pessoas infelizes dentro da sua empresa. “Quem não entende de pessoas não entende de negócios” – frase de Simon Sinek, palestrante motivacional e autor de livros. A busca da felicidade é uma jornada que começa por conhecer os exemplos de empresas brasileiras, que estão sendo referência para outras organizações em todo o mundo.

A empresa Heineken do Brasil tem 1.400 embaixadores de felicidade e nos três últimos anos, obteve os melhores resultados de sua operação. Porque são as pessoas, quem faz a estratégia da marca, quem comunica, quem melhora a competitividade e a produtividade da empresa. No mundo corporativo, uma tendência que continua dominante é a da sustentabilidade, evoluindo para o que denominamos de ESG – ambiental, social e governança, tornando-se prioridade em todas as empresas. Para o futuro próximo, a tendência é a felicidade corporativa. Ela é uma nova forma de gestão, que não depende de um setor, apenas, nem do tamanho da empresa. É mais um passo na evolução da administração de negócios bem-sucedidos.

Segundo o psiquiatra Robert Waldinger (Universidade Harvard), “está enganado quem pensa que fama e muito dinheiro traz felicidade. São as conexões sociais e bons relacionamentos, que nos mantém mais felizes e saudáveis”. Para Márcio Fernandes, autor do Livro – Felicidade dá Lucro, “a melhor maneira de aumentar a rentabilidade da sua empresa é investir na qualidade do dia a dia dos seus funcionários.”

Já temos indicadores do impacto da felicidade sobre os negócios: aumento de produtividade em até 31% e aumento da inovação em até 300% (Harvard Business Review); aumento da retenção de talentos em até 44% e retenção de ausências por doenças em até 66% (Forbes); redução de distúrbio emocional causado por estresse crônico no trabalho, resultando em exaustão física e mental, e sensação de fracasso (burnout) em até 125% (Greenberg & Arakawa).

Não espere ter todas as condições perfeitas para dar início a um Programa de Felicidade Corporativa, mas é preciso dar o primeiro passo, pois é urgente cuidar do bem-estar das pessoas. Trabalhar numa empresa que você gosta traz felicidade para você, para a equipe, para a empresa e para os clientes.

Nas minhas considerações finais eu reafirmo uma mensagem de Buda: “Milhares de velas podem ser acesas a partir de uma única vela e a vida da vela não será encurtada. A felicidade nunca diminui ao ser compartilhada”. Seja você essa vela que acende as demais, com felicidade!

Regina Amorim

Foto: Linkedin

Sobre Regina Amorim 

É gestora de Turismo e Economia Criativa do Sebrae/PB. Formada em Economia pela UFPB, 1980, com Especialização em Gestão e Marketing do Turismo pela UNB – Universidade de Brasília e com Mestrado em Visão Territorial para o Desenvolvimento Sustentável, pela Universidade de Valência – Espanha e Universidade Corporativa SEBRAE.

Fonte: Regina Amorim