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Foto: divulgaçao

BNB: cidades no interior, agricultura e infraestrutura devem puxar investimentos no Nordeste em 2026

Economista-chefe do Banco do Nordeste destaca leilões de saneamento, expansão agrícola no Matopiba e obras ferroviárias como principais vetores de crescimento regional

5 de dezembro de 2025

As oportunidades de negócios que devem impactar as atividades econômicas no Nordeste, em 2026, passam, principalmente, por cidades de médio porte que estão longe das capitais, projetos de infraestrutura e produção agrícola. A avaliação é do economista-chefe do Banco do Nordeste (BNB), Rogério Sobreira, que participou, nesta quinta-feira, 04, do debate “Os avanços do Nordeste”, promovido pelo jornal Correio Braziliense, no Distrito Federal.

 

De acordo com o economista, o Nordeste continua crescendo mais do que a média nacional devido ao aquecimento do mercado de trabalho. Boa parte dessas oportunidades estão em cidades de médio porte, segundo dados do Boletim Temático Emprego e Rendimento. Por isso, avalia Sobreira, há boa expectativa para atividades de comércio e serviço.

 

Em infraestrutura, um dos destaques é o leilão de sistemas de saneamento previsto para o Maranhão e que deve mobilizar R$ 18,7 bilhões. Na área de logística, há previsão de investimentos nos portos organizados na Bahia no valor superior a R$ 1,1 bilhão. Além disso, haverá oportunidades nas ferrovias Centro Atlântico, Transnordestina e corredor Leste-Oeste, que devem envolver obras em toda a região.

 

A expectativa do BNB é de que a produção agrícola no Nordeste continue em crescimento, sobretudo na região conhecida como Matopiba, que reúne as fronteiras do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. De acordo com Rogério Sobreira, há um aumento na demanda internacional por produtos como soja, milho e algodão, além de expansão das cadeias de proteína animal e biocombustíveis no Brasil. “Nós temos disponibilidade de terra, resolvemos questões técnicas, estamos vendo inovação tecnológica e isso tudo forma um vetor importante para a expansão da fronteira agrícola”, avalia.

Fonte: BNB