Realidade virtual e aumentada avançam e ampliam oportunidades profissionais no Brasil
Expansão da IA, novos dispositivos e demanda por experiências imersivas impulsionam crescimento da área
1 de dezembro de 2025
Se antes a realidade virtual (RV) e a realidade aumentada (RA) eram vistas como tecnologias do futuro, hoje elas já fazem parte do dia a dia, seja nos jogos eletrônicos, em treinamentos profissionais, no atendimento ao cliente ou até em visitas virtuais a imóveis e museus. À medida que essas ferramentas se tornam mais acessíveis e ganham novas aplicações, cresce também a procura por profissionais capazes de desenvolver, aplicar e integrar essas soluções.
Para Pablo Ramon, professor da área de tecnologia da Faculdade Internacional da Paraíba (FPB), o salto recente no setor é resultado direto da evolução tecnológica. “Realidade virtual e realidade aumentada evoluíram bastante nos últimos anos. Isso foi possibilitado graças a avanços em inteligência artificial, redes 5G e no desenvolvimento de hardware mais acessível, como os óculos inteligentes e sensores avançados, com destaque para Meta Quest e Apple Vision Pro”, explica.
Hoje, RV e RA já são amplamente usadas em áreas como aviação, medicina, segurança e educação, onde simuladores ajudam a treinar profissionais em situações de risco sem exposição real. Mas o crescimento não para por aí, há grande potencial de expansão em ambientes corporativos, em atividades de colaboração remota, atendimento ao cliente e também na indústria criativa, que engloba design, audiovisual e desenvolvimento de experiências interativas.
Esse avanço acompanha um movimento global de transformação digital. Empresas de diferentes setores já utilizam tecnologias imersivas para melhorar processos, treinar equipes e aproximar consumidores de produtos e serviços. Com isso, o mercado de trabalho passa a exigir profissionais preparados para lidar com sistemas digitais, criação de ambientes 3D, análise de dados e integração de dispositivos.
Na contramão da expansão, alguns desafios ainda limitam o acesso a essas soluções, especialmente para o público geral. “Os custos elevados de equipamentos ainda são um desafio para tornar realidade virtual e aumentada mais ao alcance das pessoas: um modelo de entrada custa cerca de R$ 2.600, enquanto versões profissionais podem chegar a R$ 15 mil. Também são impeditivos para a ampla adoção, a infraestrutura tecnológica adequada, como internet de alta velocidade, e a inclusão de acessibilidade para pessoas com limitações físicas”, explica Pablo Ramon.
Com tantas mudanças acontecendo ao mesmo tempo, cresce a necessidade por profissionais qualificados e atualizados. É por isso que cursos da área de tecnologia têm atraído cada vez mais estudantes interessados em atuar com inovação, desenvolvimento e sistemas digitais. Na FPB, por exemplo, a procura por graduações como Ciência da Computação e Análise e Desenvolvimento de Sistemas tem aumentado a cada semestre, os cursos preparam o aluno para esse novo contexto, oferecendo formação prática e alinhada às exigências do mercado de trabalho.
Para quem deseja ingressar na área de tecnologia ou se especializar em inovação, o momento é ideal: trata-se de um mercado em expansão, dinâmico e repleto de oportunidades para quem deseja construir carreira em um dos setores que mais crescem no Brasil e no mundo.
Fonte: Assessoria