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Foto: Divulgação

Demanda por cuidadores cresce impulsionada pelo envelhecimento da população

Avanço da idade, mudanças nas estruturas familiares e necessidade de suporte especializado fazem do cuidador uma das carreiras que mais crescem no Brasil

27 de novembro de 2025

O aumento da expectativa de vida e as transformações sociais das últimas décadas colocaram a profissão de cuidador entre as que mais crescem no país. Entre 2019 e 2023, o número de profissionais atuando na área registrou aumento de 15%, segundo levantamento do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), impulsionado pelo envelhecimento populacional, pela maior conscientização sobre cuidados prolongados e pela necessidade crescente de suporte especializado às famílias.

O Brasil vive hoje uma das maiores transições demográficas de sua história. Projeções do IBGE indicam que, até 2030, o país terá mais idosos do que crianças, uma mudança que já influencia diretamente o mercado de cuidados. Além disso, lares menores e famílias mais dispersas diminuem a disponibilidade de cuidadores informais, ampliando a busca por serviços profissionais.

Para Jéssica Ramalho, fundadora da rede de cuidadores Acuidar, a profissão de cuidador passa por um crescimento exponencial impulsionado pela pandemia de covid-19. “No período de pandemia, com a necessidade de maior cuidado com as pessoas idosas, a área passou por um processo de expansão. Os idosos começaram a precisar de maior assistência e até os que antes eram saudáveis, tinham uma rotina, uma qualidade de vida, apresentaram certo declínio em relação à parte cognitiva e à parte física, precisando de cuidados e apoio emocional”, destaca.

O que faz um cuidador?

Mais do que um apoio pontual, o cuidador exerce funções técnicas e contínuas. Longe de ser um trabalho simples, exige preparo, já que cada paciente demanda atenção individualizada. Entre as principais responsabilidades estão o auxílio nas atividades básicas do dia a dia, como higiene pessoal, alimentação, mobilidade e organização da rotina.

Outra atribuição essencial é a administração de medicamentos, seguindo fielmente prescrições médicas, horários e dosagens, além do monitoramento de possíveis efeitos adversos. Também pode ser necessário acompanhar o assistido em consultas, exames, terapias e procedimentos, garantindo não apenas logística, mas acolhimento e comunicação clara entre família e profissionais de saúde.

Pacientes com maior fragilidade demandam ainda monitoramento de sinais vitais, como pressão arterial, frequência cardíaca e temperatura. Essa observação constante ajuda a identificar precocemente mudanças que poderiam evoluir para complicações graves.

Mas existe, ainda, um papel que muitas vezes passa despercebido: o apoio emocional e social. Para pacientes mais independentes, o cuidador atua como presença acolhedora, incentivando atividades recreativas, conversando, oferecendo companhia e ajudando a preservar qualidade de vida e bem-estar psicológico. Esse suporte também se estende às famílias, que recebem orientação e suporte no dia a dia.

O que diferencia um cuidador de excelência

Com mais de 10 anos de experiência no mercado de cuidados, Jéssica Ramalho explica que a excelência na profissão vai além da técnica. “Cuidar não é apenas executar tarefas como dar banho, trocar fralda, administrar medicação ou acompanhar consultas. Isso é o básico. Cuidar é ver a pessoa como um todo. É compreender suas necessidades físicas, emocionais e sociais, perceber suas expressões, respeitar sua história e suas limitações. Quem entrega excelência é aquele que vai além do procedimento e enxerga o ser humano”, reforça.

Ela destaca ainda que o diferencial de um bom cuidador está na capacidade de criar vínculos, oferecer segurança, observar detalhes e atuar preventivamente, contribuindo para que o paciente tenha mais autonomia, dignidade e qualidade de vida. Com um cenário de envelhecimento acelerado, mudanças nos arranjos familiares e maior busca por assistência especializada, a profissão de cuidador tende a se expandir ainda mais nos próximos anos.

Para trabalhar na área é necessário ter formação completa no curso de cuidador de idosos, crianças ou áreas correlacionadas. A rede de cuidadores Acuidar está com oportunidades abertas na região metropolitana de João Pessoa. Os interessados podem realizar o cadastro no site www.acuidarbr.com.br/trabalhe-conosco.

Fonte: Assessoria