13º deve injetar R$ 3,72 bilhões na economia da Paraíba; especialista explica como se planejar
Primeira parcela deve ser paga aos trabalhadores até o dia 28 de novembro
19 de novembro de 2025
Com o pagamento da primeira parcela do décimo terceiro salário se aproximando – o valor deve ser creditado na conta dos trabalhadores até o dia 28 de novembro, a quantidade de dinheiro circulando aumenta consideravelmente no final do ano. De acordo com números divulgados pelo Dieese, o pagamento do 13º deve injetar um total de R$ 3,72 bilhões na economia da Paraíba – aproximadamente 1,2% do total do Brasil e 7,3% da região Nordeste. A média de valor por pessoa é estimada em R$ 2.199,35.
Especialistas alertam, entretanto, que o dinheiro extra na conta deve ser administrado com estratégia e cautela pelo trabalhador. De acordo com Erli Bandeira, gerente de Negócios da Central Sicredi Nordeste, a prioridade para o décimo terceiro deve ser sempre quitar as dívidas – especialmente aquelas que oneram mais o orçamento mensal – de modo a equilibrar as finanças e começar o novo ano no azul.
“O primeiro passo para começar o ano com tranquilidade é eliminar dívidas com juros altos. Essas dívidas são como um vazamento no orçamento e consomem recursos que poderiam ser usados para outras necessidades “, explica. “Os juros de modalidades como cartão de crédito e cheque especial são os maiores do mercado e podem crescer rapidamente, tornando a dívida cada vez mais difícil de controlar. Ao quitar ou reduzir esse saldo, você evita pagar mais do que deve e começa a recuperar o equilíbrio financeiro”, diz Erli Bandeira.
Para quem não tem dívidas pendentes, uma boa dica é utilizar o dinheiro extra para criar uma reserva de emergência ou investir.
“A reserva de emergência é um dos pilares da saúde financeira. Se você já está construindo a sua, aproveite o décimo terceiro para acelerar esse processo. Um percentual entre vinte e trinta por cento é uma boa referência. Esse fundo deve cobrir, pelo menos, três a seis meses das suas despesas essenciais como alimentação, moradia e transporte”, aconselha o especialista.
Para quem já possui uma reserva de emergência estabelecida e não tem planos de como gastar o 13º, investir o dinheiro é uma das melhores opções. Conforme explica Erli Bandeira, a escolha de como investir vai depender do perfil e dos objetivos do investidor. A poupança, por exemplo, é uma das opções mais populares no Brasil, mas o especialista aponta que, além dessa, existem outras opções de investimento que rendem mais e são tão seguras quanto.
“Investir é fazer o dinheiro trabalhar para você. As opções mais seguras e com baixo risco são investimentos de renda fixa. Os CDBs de instituições financeiras confiáveis com liquidez diária são uma excelente opção, que rendem mais que a poupança”, indica o especialista do Sicredi. “Fundos DI são interessantes para quem prefere delegar a gestão, pois investem em títulos públicos e privados de baixo risco”, acrescenta.
Por fim, ainda é possível direcionar o 13º salário de forma a eliminar ou diminuir as despesas obrigatórias do início do ano, como pagamento de IPTU, IPVA e material escolar.
“Antecipar esses gastos evita que você precise recorrer a crédito ou parcelamentos com juros. Planejar agora é a melhor forma de entrar em 2026 com as contas organizadas e sem surpresas desagradáveis”, conclui o gerente de Negócios.
Fonte: Assessoria