Afya Paraíba abre o MEDX 2025 com reflexões sobre o sentido da vida e da medicina
Primeiro dia contou com palestras, mostra científica e minicursos, encerrando com a médica e escritora Ana Claudia Quintana
12 de novembro de 2025
O primeiro dia do III Congresso Internacional Médico Estudantil (MEDX 2025) começou de forma inspiradora, nesta segunda-feira (10), no Intermares Hall, em Cabedelo. Promovido pela Afya Paraíba, o evento reuniu estudantes, professores e profissionais da saúde em uma imersão de aprendizado, troca de experiências e reflexões sobre o papel humano e social da medicina.
A programação começou logo cedo, com o credenciamento e a Sessão de Relatos Impactantes dos Ligantes, seguida pelo Encontro de Ligantes e pela Sessão de Trabalhos Científicos. À tarde, os participantes prestigiaram a I Mostra Científica IESC/PIEPE e os minicursos temáticos — “Tudo o que o estudante de Medicina precisa saber sobre câncer de mama”, ministrado pela médica e professora da Afya Paraíba, Rafaela Montenegro, e “Diagnóstico e manejo da acidose e alcalose metabólica”, com o professor Pablo Rodrigues.
O grande momento veio à noite, com a aguardada palestra de abertura “A morte é um dia que vale a pena viver”, conduzida por Ana Claudia Quintana Arantes, médica formada pela USP, com residência em Geriatria e Gerontologia pelo Hospital das Clínicas da FMUSP. Autora de obras como A Morte é um Dia que Vale a Pena Viver, Histórias Lindas de Morrer e Pra Toda a Vida Valer a Pena Viver, Ana Claudia é uma das maiores referências do país em cuidados paliativos e fundadora da Casa do Cuidar, instituição dedicada à formação de profissionais para o cuidado compassivo e integral.
Em uma fala sensível e poderosa, Ana Claudia Quintana convidou o público a repensar a forma como se lida com a finitude. Ela explicou que falar sobre a morte é, na verdade, uma maneira de falar sobre a vida,,sobre o modo como escolhemos estar presentes, cuidar e construir relações com significado. Com sua oratória envolvente, a médica ressaltou que o ato de cuidar vai muito além da técnica. “A cura é muito pouco diante do trabalho de cuidar de uma vida”, disse.
Ao longo da palestra, ela também alertou para a urgência de uma medicina mais humana, capaz de aliviar a dor e respeitar a dignidade de cada paciente. “No Brasil, não se dá morfina para dor. A cada dez pessoas, nove morrem em sofrimento”, afirmou, provocando uma reflexão profunda sobre o papel da empatia e da compaixão na prática médica.
Para Krísthea Karyne, coordenadora do curso de Medicina da Afya Paraíba, o congresso alia ciência, sensibilidade e propósito. “É gratificante ver o empenho dos nossos estudantes em cada detalhe da organização. O MEDX é um espaço que mostra o talento, a pesquisa e o compromisso de todos com uma medicina mais consciente e humana”, destacou.
O MEDX 2025 segue nesta terça-feira (11) com uma programação diversificada de palestras, mesas-redondas e apresentações de trabalhos. O segundo dia trará um dos momentos mais aguardados do congresso: a palestra de Viviane Mosé, filósofa, psicanalista e poeta, que abordará o tema da sensibilidade, do autoconhecimento e da escuta como pilares das relações humanas, reflexões que dialogam diretamente com a essência da formação médica proposta pela Afya Paraíba.
Fonte: Assessoria