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Foto: Unsplash

Black Friday 2025 deve movimentar R$ 13,34 bilhões com foco em omnichannel e logística

Com previsão de movimentar R$ 13,34 bilhões, o evento reflete não apenas a força do consumo

28 de outubro de 2025

A Black Friday 2025 deve entrar para a história do varejo brasileiro como uma das edições mais robustas e desafiadoras. Com previsão de movimentar R$ 13,34 bilhões, o evento reflete não apenas a força do consumo, mas também o amadurecimento de um modelo de negócios cada vez mais integrado entre canais físicos e digitais.

A edição de 2024 já havia dado sinais desse crescimento. Na ocasião, o comércio eletrônico registrou R$ 9,3 bilhões em vendas, avanço de 10,5% sobre 2023, com mais de 17,9 milhões de pedidos realizados. Outro dado emblemático: praticamente todo o setor aderiu às promoções, com 99,9% das lojas online participando da data.

O consumidor brasileiro evoluiu: está mais criterioso, conectado e menos tolerante a falsas ofertas. Isso obriga empresas a apostarem em transparência nos descontos e em uma personalização crescente da jornada de compra. Nesse contexto, o omnichannel deixou de ser diferencial e virou necessidade, integrar loja física, aplicativo, site e até atendimento por WhatsApp é o que garante conveniência e competitividade.

Logística como ponto de virada

Se o preço é o gatilho, a logística é o divisor de águas. O aumento no volume de pedidos previsto para 2025 exigirá planejamento antecipado e investimentos em tecnologia para dar conta de entregas rápidas e confiáveis. Modelos como o ship from store (envio direto da loja física) e a ampliação dos pontos de retirada devem ganhar espaço, acelerados pela demanda de consumidores que não querem esperar dias por um produto.

O uso de inteligência artificial e automação também deve marcar esta edição da Black Friday. Ferramentas de análise de dados ajudam a prever demanda e ajustar estoques em tempo real, enquanto chatbots e assistentes virtuais tornam o atendimento mais ágil. Para o cliente, isso se traduz em experiências mais personalizadas, com recomendações de produtos, promoções customizadas e suporte imediato.

Se por um lado as oportunidades são gigantes, por outro, a concorrência se intensifica. Diferenciar-se apenas pelo desconto já não basta: será preciso oferecer benefícios extras, confiança e conveniência. Além disso, o varejo terá de dominar o uso dos dados dos consumidores, equilibrando privacidade e personalização para desenhar campanhas mais eficazes e direcionadas.

O que esperar?

Mais do que uma maratona de descontos, a Black Friday se consolida como um termômetro do varejo brasileiro. Quem souber alinhar preço competitivo, logística eficiente e experiência omnichannel personalizada terá maiores chances de capturar o consumidor e fidelizá-lo para além da data. Nos próximos anos, a equação é clara: não basta vender mais, é preciso vender melhor.

Fonte: CNDL