Outubro Rosa reforça importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama
Médica da Afya Paraíba alerta que o cuidado precisa ir além do mês de conscientização
27 de outubro de 2025
O mês de outubro é marcado por uma das campanhas de saúde mais conhecidas do mundo: o Outubro Rosa, movimento internacional de conscientização sobre o câncer de mama. A iniciativa tem como objetivo reforçar a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do acompanhamento médico regular, fatores que podem salvar vidas.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil deve registrar 73.610 novos casos de câncer de mama por ano até 2025, com uma taxa de incidência de 41,89 casos por 100 mil mulheres. O tipo de câncer mais comum entre as mulheres (excluindo o de pele não melanoma) também é o que mais mata: somente em 2022, foram cerca de 18 mil mortes pela doença no país.
A médica mastologista e professora da Afya Paraíba, Rafaela Montenegro, alerta que o cuidado com a saúde das mamas precisa ser constante, e não restrito ao mês de outubro. “O Outubro Rosa é fundamental para mobilizar a sociedade, mas a prevenção deve ser um hábito permanente. Conhecer o próprio corpo e manter os exames em dia é essencial. Quando o câncer é diagnosticado no início, as chances de cura ultrapassam 90%”, explica a médica.
Entre as principais recomendações estão manter hábitos saudáveis, como praticar atividades físicas regularmente, ter uma alimentação equilibrada, evitar o consumo excessivo de álcool e controlar o peso corporal. A amamentação também é reconhecida como um fator de proteção contra o câncer de mama.
A mamografia continua sendo o principal exame de rastreamento, recomendado para mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos, conforme orientação do Ministério da Saúde. Já para quem possui histórico familiar da doença ou fatores genéticos de risco, o acompanhamento deve começar mais cedo e de forma individualizada. “O autoexame não substitui a mamografia, mas é um aliado importante para que a mulher perceba alterações no corpo. Qualquer sinal diferente, como nódulos, secreções, retrações na pele ou mudanças no formato da mama, deve ser avaliado por um profissional”, reforça Rafaela Montenegro.
A médica lembra ainda que o SUS oferece mamografias gratuitas e que a população deve buscar as unidades de saúde de referência. “A informação e o acesso fazem toda a diferença. Precisamos quebrar o medo do exame e incentivar as mulheres a cuidarem de si. O diagnóstico precoce salva vidas todos os dias”, conclui a professora da Afya Paraíba.