
Hacklab Volante encerra temporada em João Pessoa com mais de 1.200 visitantes e oficinas para 200 crianças
Projeto de arte, ciência e tecnologia itinerante levou exposições e atividades educativas para diferentes públicos da capital paraibana
18 de setembro de 2025
O Hacklab Volante finalizou sua temporada em João Pessoa com resultados expressivos: foram oito exposições abertas ao público, que reuniram mais de 1.200 visitantes, e seis oficinas educativas, que atenderam mais de 200 crianças de escolas públicas da cidade. O projeto, que transforma um micro-ônibus em galeria de arte, museu de engenhocas e feira de ciências itinerante, esteve pela primeira vez na Paraíba, dentro do Circuito Funarte de Artes Visuais Marcantonio Vilaça.
Para Fred Paulino, idealizador e curador do Hacklab, a passagem por João Pessoa foi marcante. Ele destaca que a recepção do público atendeu às expectativas e reforçou a universalidade da proposta. Segundo ele, o projeto dialoga com pessoas de todas as idades e perfis, tanto em espaços escolares quanto em praças e pontos culturais. “Tivemos experiências muito positivas, tanto com o público escolar quanto no espaço público. Pessoas de todas as idades participaram e deram um retorno muito legal, o que nos deixa empolgados para seguir com o projeto em Recife”, afirmou.
As oficinas de Businhos, voltadas a estudantes do 5º e 6º anos, também foram um destaque da temporada. Nelas, as crianças tiveram contato com uma introdução prática à eletrônica e ao design de produto, construindo e customizando seus próprios ônibus em miniatura, equipados com LEDs e componentes eletrônicos. Fred lembra que a metodologia, já aplicada em várias cidades do Brasil, permite atender turmas de até 35 crianças em poucas horas, com resultados sempre surpreendentes.
Em João Pessoa, uma das experiências mais marcantes aconteceu em um único dia, quando a equipe realizou quatro oficinas: duas em uma escola quilombola e duas em uma escola municipal. A receptividade das crianças foi a mesma. “Foi marcante ver esse contraste do Brasil em poucas horas, mas perceber que, independentemente da estrutura ou do contexto socioeconômico, o envolvimento e a curiosidade das crianças foram iguais. Isso mostra a força do projeto em alcançar a todos de forma acessível e sensível”, relatou o curador.
Para Fred, o diferencial do Hacklab está na forma como a arte atua como mediadora entre ciência e tecnologia. “A arte é capaz de comunicar qualquer área do conhecimento porque atinge as pessoas pela sensibilidade, pela memória e pelo afeto. Quando usamos a arte como guia para falar de tecnologia, o aprendizado se torna uma vivência natural, e não apenas um conteúdo a ser decorado”, ressaltou.
Após o encerramento em João Pessoa, o Hacklab Volante segue viagem e tem como próxima parada a cidade do Recife, onde dará continuidade à sua missão de democratizar o acesso à tecnologia e à cultura de forma criativa e inclusiva.