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orçamento familiar
Foto: Freepik

Crescimento da renda familiar impulsiona mercado imobiliário e fortalece consórcios em 2025

Famílias têm buscado mais alternativas ao crédito bancário para adquirir imóveis

17 de setembro de 2025

Mesmo com a taxa de juros em alta histórica, o mercado imobiliário brasileiro registrou um crescimento de 15% no primeiro semestre de 2025, de acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O aumento foi percebido tanto no número de unidades habitacionais vendidas quanto na quantidade de novos lançamentos. Ou seja, apesar dos custos de financiamento estarem elevados, as famílias brasileiras estão encontrando alternativas para conseguir realizar o sonho da casa própria.

 

Ainda segundo a CBIC, os principais catalizadores desse crescimento foram o programa Minha Casa, Minha Vida, responsável por 47% das vendas neste primeiro trimestre, e o aumento geral da renda das famílias. Em paralelo, dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio (ABAC) indicam que o consórcio imobiliário tem ganhado espaço entre a parcela de brasileiros que sonham com a casa própria, mas não recorrem ao programa do governo federal.

 

No primeiro quadrimestre de 2025, a ABAC registrou um aumento de 41% nas vendas de cotas de consórcio de imóveis, o segundo segmento que mais cresceu. Entre janeiro e abril, o país contabilizou 2,25 milhões de participantes ativos em consórcios imobiliários, demonstrando o quanto esse modelo vem atraindo a atenção dos consumidores.

 

Quem faz consórcio para realizar o sonho da casa própria?

 

Outros fatores, que vão além da macroeconomia, ajudam a explicar o aquecimento do mercado imobiliário em 2025. No recorte do segmento de consórcios, observa-se que o público jovem vem desenvolvendo mais educação financeira e planejamento de longo prazo, o que lhes permite investir mesmo em períodos adversos.

 

Outro fator importante é que empresas ligadas ao mercado imobiliário, como é o caso das administradoras de consórcios, estejam cada vez mais digitalizadas, facilitando a aproximação com esse público. Com essas mudanças, os jovens que desejam adquirir a casa própria têm tido mais facilidade para acessar informações importantes como o valor das taxas de administração, o tempo médio até a contemplação e a flexibilidade das cartas de crédito. Dessa forma, eles têm mais facilidade em encaixar um consórcio em seus planos de investimento e muitos enxergam o pagamento das parcelas como um exercício de responsabilidade financeira.

 

Mudança no padrão de consumo

 

Por mais que todos os setores esperem mudanças no cenário econômico brasileiro em 2026, tanto a CBIC quanto a ABAC acreditam que o setor imobiliário deve continuar crescendo. Em parte, esse crescimento deve ser sustentado pelo Minha Casa, Minha Vida, responsável por 53% dos novos lançamentos no primeiro trimestre de 2025, mas ainda há metade do mercado a ser disputada.

 

No caso das administradoras de consórcio, a expectativa é que o momento contribua com a maturidade do consumidor para investimentos de longo prazo, como é o caso de uma casa própria, e que fortaleça a necessidade de diversificar o planejamento financeiro.

 

Hoje, boa parte dos consumidores brasileiros já entende a importância da paciência, disciplina e previsibilidade ao fazer um investimento. Quanto mais esse perfil se expandir e mais as administradoras de consórcios avançarem na digitalização de suas plataformas para destacar seus diferenciais, maior será a participação desse segmento no mercado imobiliário.

Fonte: Assessoria