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Foto: Divulgação

Sérgio Ricardo: “Vejo um futuro exigente, mas repleto de oportunidades, pois o Brasil ainda carece de médicos em várias regiões”

Diretor-geral da Afya Paraíba fala sobre trajetória, desafios e futuro da formação médica

4 de setembro de 2025

Com mais de duas décadas dedicadas à gestão acadêmica e à educação em saúde, o professor Sérgio Ricardo consolidou sua carreira como um dos principais líderes da formação médica na Paraíba. À frente da Afya Paraíba, ele vem conduzindo um projeto de expansão que alia inovação, impacto social e excelência acadêmica.

Sob sua direção, a instituição fortaleceu a qualidade do ensino médico, ampliou o atendimento à comunidade com quase 100 mil procedimentos anuais e, em 2025, iniciou a construção do Centro Integrado de Saúde (CIS) – um espaço moderno com 46 consultórios e capacidade para 60 mil atendimentos gratuitos por ano, em parceria com o SUS.

Reconhecido por sua atuação em gestão, Sérgio Ricardo já recebeu prêmios de destaque nacional e regional, como o Totvs de melhor implantação educacional e o PMO de melhor projeto da Paraíba. Sua trajetória também é marcada pela valorização do corpo docente, incentivo à pesquisa e pela crença de que a educação transforma vidas.

Na entrevista exclusiva ao Paraíba Total, o diretor fala sobre sua história, os impactos da Afya no estado, os desafios da educação médica e a influência da tecnologia e da inteligência artificial no futuro da profissão.

Como começou sua trajetória até assumir a direção da Afya Paraíba?

Iniciei minha trajetória em 2000, na gestão da Smile Plano de Saúde. Em 2002, comecei a história na FCM-PB, participando do credenciamento da instituição e da autorização dos cursos de Fisioterapia, Nutrição e, em 2004, o de Medicina. Ao longo dos anos, atuei como professor e coordenador, participei da construção dos campi, da modernização da gestão acadêmica e de diversos projetos de expansão. Em 2020, com a chegada da Afya, iniciou-se um novo capítulo de crescimento e inovação, culminando com conquistas importantes, como o recredenciamento máximo pelo MEC e os avanços na responsabilidade social e ambiental.

O que o motivou a seguir na educação, especialmente na saúde?

Essa motivação vem de casa. Meus pais sempre foram educadores e me mostraram o valor da educação como instrumento de transformação. Meu pai atuou em instituições tradicionais, minha mãe foi diretora de escola pública por mais de 20 anos. Cresci vendo o impacto que a educação tem na vida das pessoas, e seguir nesse caminho, especialmente voltado à saúde, foi uma forma natural de continuar esse legado.

Qual o impacto da Afya Paraíba na formação médica do estado?

A Afya trouxe qualidade acadêmica, inovação tecnológica e estrutura diferenciada, preparando alunos que hoje se destacam em estágios, residências e no mercado. Além disso, nossos campi de saúde já realizam milhares de atendimentos gratuitos à população, e o Centro Integrado de Saúde ampliará ainda mais esse impacto social, integrando ensino e comunidade.

Como a instituição se prepara para os desafios da educação médica no Brasil?

Investimos em infraestrutura, tecnologia, metodologias ativas e qualificação docente. Mas vamos além disso: alinhamos nossos projetos às diretrizes do MEC e às demandas reais do SUS, formando médicos preparados não só para os desafios de hoje, mas também para os que estão por vir.

Como o senhor enxerga o futuro da educação médica?

Vejo um futuro exigente, mas repleto de oportunidades, pois o Brasil ainda carece de médicos em várias regiões. Cabe às instituições formar profissionais de excelência que também compreendam o papel social da saúde. Na Paraíba, nosso objetivo é consolidar a Afya como referência, ampliando impacto e qualidade.

Qual o papel da tecnologia e da inteligência artificial nessa transformação?

A tecnologia e a inteligência artificial já são realidade. No ensino, trazem simulações realistas e personalização da aprendizagem. Na prática médica, oferecem diagnósticos mais precisos e decisões clínicas baseadas em dados. Mas nunca podemos esquecer: a essência do cuidado é humana. Nosso desafio é equilibrar inovação tecnológica com empatia.

Quais metas ainda pretende alcançar na Afya?

Minha missão é desenvolver pessoas que cuidam de outras pessoas. Quero continuar valorizando professores, colaboradores e alunos, além de fortalecer parcerias com o setor público e privado de saúde. Assim, cada paciente que chega a uma unidade vinculada à Afya encontra uma atenção diferenciada.

Houve pessoas ou experiências que marcaram sua jornada?

Sem dúvida, minha família é a maior inspiração. Meu pai, professor, e minha mãe, educadora inovadora, foram fundamentais. Minha esposa, Clecy, também gestora e educadora, sempre esteve ao meu lado, e minha filha, Maria Cecília, é fonte de orgulho. Além disso, muitos colegas e professores contribuíram para cada conquista ao longo do caminho.

 

Fonte: Vivass Comunicação