
57% das marcas brasileiras planejam aumentar investimento em marketing de influência em 2025
Pesquisa revela que 12% dos anunciantes já investem mais de R$5 mi/ano; criatividade e mensuração são desafios
18 de agosto de 2025
A oitava edição da pesquisa “ROI & Influência 2025”, realizada pela YOUPIX em parceria com a Nielsen, mostra avanços para consolidação da estratégia com creators e intenção de aumento de investimento, especialmente entre grandes anunciantes
O investimento e a satisfação das marcas com o marketing de influência continuam crescendo no Brasil. De acordo com a 8ª edição da pesquisa ROI & Influência 2025, desenvolvida pela YOUPIX em parceria com a Nielsen, mais da metade (57%) dos anunciantes entrevistados planeja aumentar seu investimento no canal em 2025, refletindo a centralidade que essa estratégia tem no planejamento de comunicação das marcas.
Entre as empresas que investem mais de 1.5milhão em influência por ano, 65% têm intenção de ampliar suas verbas no setor
O estudo traz que os orçamentos robustos estão ganhando espaço: 12% dos anunciantes já investem mais de R$5 milhões anuais em marketing de influência, o dobro do registrado em 2024 (6%). Para estes grandes investidores, a estratégia é fundamental para a amplificação da marca (70%), tradução de mensagens complexas (70%) e acesso a novas audiências (60%).
Mais verba, mais acerto, mais resultado
Depois de 3 anos de estabilidade, a relevância do marketing de influência cresce 6 pontos percentuais, chegando a 82% das marcas, e se consolidando como um dos canais mais estratégicos de marketing e comunicação. Os dados mostram uma correlação clara entre nível de investimento e eficiência: empresas que investem mais de R$1.5 milhão têm NPS de satisfação com esse tipo de estratégia de 80 (contra 61 para quem investe até R$300 mil).
O fator liderança é determinante: 75% dos líderes acreditam que trabalhar com influenciadores traz um resultado que nenhum outro tipo de comunicação digital pode entregar. Entre aqueles que afirmam que a liderança é entusiasta da estratégia, 26% investem mais de R$1.5 milhão.
“Quem investe mais, investe direito e colhe mais resultado. Não é sobre gastar por gastar, mas sobre ter estratégia, medir e corrigir o rumo. As marcas que entendem isso equilibram ações rápidas com campanhas mais longas e eficientes”, afirma Rafaela Lotto, CEO da YOUPIX. “Marcas com investimentos menores também podem ser eficientes, mas muitas ainda operam ‘na fé’ ou em modo experimental, especialmente as que estão entrando no marketing de influência. Essa hipótese é reforçada pelo crescimento das marcas que investem até R$300 mil/ano, possivelmente novas no mercado ou testando o canal, já que, em outras faixas de investimento, as oscilações não representam mudanças bruscas”, complementa.
Esse cenário demonstra a necessidade de mensuração: marcas que investem mais e têm liderança engajada dão mais peso à análise de resultados e à comprovação de ROI, o que, para 53% dos anunciantes, ainda é uma barreira para ampliar o investimento. Com isso, conseguem priorizar ações mais eficientes e, cada vez mais, equilibrar iniciativas de curto prazo com campanhas mais longas, que vêm ganhando espaço mesmo diante da predominância de ativações rápidas.
Para Sabrina Balhes, Managing Director da Nielsen Brasil, “É muito positivo ver a aposta do mercado na estratégia, mas o próximo salto de crescimento depende de superarmos a barreira da mensuração. Quando o ecossistema — marcas, agências e creators — adota ferramentas que comprovam impacto real, a conversa muda de ‘quanto custa’ para ‘quanto impacta’, destravando grandes orçamentos e consolidando a influência como um pilar estratégico indiscutível”.
Investimento em creators do YouTube cresce
Outro destaque é o crescente interesse das marcas em ações com creators do YouTube. Na pesquisa deste ano, o crescimento no investimento em ações de Influência nesta plataforma foi de 8 pontos porcentuais, de 29% para 37%. Para Marco Bebiano, Diretor de Negócios do Google Brasil, “o crescimento é impulsionado pelo reconhecimento de que a plataforma onde a jornada do consumidor é completa: ele descobre algo novo em um scrolling de Shorts, se aprofunda em um vídeo longo em streaming com seu criador de confiança e toma uma decisão segura no shopping, participando de conversas. É por meio da colaboração com os criadores que as marcas encontram a relevância, e não apenas a visibilidade”, avalia.
O levantamento também indica que cresceu a preferência das marcas por campanhas pontuais: 53% de todos os anunciantes entrevistados priorizam contratos com influenciadores de forma isolada quando precisam divulgar algo, e esse número sobe para 63% dentre aqueles com orçamentos menores (até R$300 mil).
Realizada entre 24 de abril e 30 de junho de 2025, a pesquisa ouviu 187 profissionais de agências e marcas anunciantes.
Confira outros insights:
Ainda há espaço para melhorias na mensuração de resultados da influência
48% das marcas enfrentam dificuldade para comprovar a efetividade do influenciador e 53% relatam dificuldade para quantificar o ROI. A maioria dos anunciantes ainda se apoia apenas em métricas básicas, como impressões e engajamento, e 40% dos respondentes de agências estão insatisfeitos com as ferramentas de análise de dados disponíveis no mercado.
Criatividade e relevância cultural
A criatividade é um dos principais fatores decisivos na escolha dos influenciadores. 6 em cada 10 anunciantes com orçamentos acima de R$ 1.5 milhão elegem esse como principal critério ao selecionar um creator. Um outro indicativo que apoia essa ideia é que 83% das marcas deixam o influenciador liderar o processo criativo.
Conteúdo com foco em performance.
Os creators são meios estratégicos para 7 em cada 10 entrevistados e é o único asset que pode estar presente nos demais canais.
Fonte: Assessoria