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cervejeiro
Foto: Divulgação

Pequenos negócios dão novo gosto ao mercado cervejeiro do país

Com opções que investem em inovação, saúde e sustentabilidade, cervejas artesanais ganham cada vez mais o paladar de apreciadores da bebida

30 de julho de 2025

No Dia Internacional da Cerveja, celebrado sempre na primeira sexta-feira do mês de agosto, o brinde vai para os donos de microcervejarias do país. Com inovação e criatividade e atentos às tendências do setor, os pequenos empreendedores do ramo estão colocando mais sabor e estilos de cervejas artesanais nos copos dos consumidores. A variedade de rótulos, combinações inusitadas de ingredientes e experiências de consumo cada vez mais personalizadas atraem atenção dos apreciadores da bebida.

“As tendências no setor cervejeiro refletem um mercado em constante evolução, com foco em experiências diversificadas, saúde e sustentabilidade. A busca por experiências sensoriais e o aumento do consumo em casa também moldam o cenário atual da indústria”, afirma a analista de Competividade do Sebrae Nacional, Carmen Sousa.

De acordo com ela, além da preocupação com o meio ambiente, o mercado cervejeiro artesanal também se destaca na procura por ingredientes orgânicos, exóticos e regionais, com frutas e especiarias. “Além disso, apresenta técnicas de fermentação inovadoras e colaborações entre cervejarias com objetivo de criar bebidas únicas”, acrescenta.

Ideias de negócio

Ficou interessado em saber como montar uma microcervejaria? O Sebrae oferece, gratuitamente, um guia completo com orientações. São informações sobre o mercado, como selecionar a melhor localização, exigências legais, entre outros aspectos importantes antes de começar a empreender no ramo. Acesse!

Arte em forma de cerveja

Para a microcervejaria Masterpiece, localizada em Niterói (RJ), cada cerveja é considerada uma obra prima. Com rótulos artesanais premiados dentro e fora do Brasil, a fábrica também se destaca pelo seu DNA de sustentabilidade com instalações com uso de energia solar, captação de água da chuva, entre outras práticas ambientalmente sustentáveis, mas também na preocupação com seus colaboradores e no cumprimento das legislações.

“Somos muito pequenos em relação às grandes marcas, mas nos diferenciamos no aspecto da sustentabilidade. Nesses cincos anos de produção, também focamos muito na qualidade. Somos a cervejaria mais premiada no estado do Rio de Janeiro e buscamos nos orientar de acordo com a evolução do mercado”, pontua o CEO da Masterpiece, André Valle.

A microcervejaria possui uma linha de produtos diversificada de 28 rótulos que incluem estilos clássicos, premium, pub e premiadas. “Podemos nos dar ao luxo de criar cervejas diferentes e, com essa diversidade, conseguimos alcançar um público que gosta de experimentar cervejas variadas”, ressalta.

O negócio também investe em um bar da fábrica que no momento está em reforma para se tornar modelo de franquia que será lançada em breve. “Nossa ideia é ter uma rede de bares franqueados seja quiosque dentro de shoppings ou pontos comerciais”, adianta.

O CEO explica que o foco do negócio é fazer e vender cerveja, mas é preciso pensar em alternativas para superar as dificuldades de entrar no mercado convencional e a falta de recursos para abrir estabelecimentos.

Mais consciência no copo

Quando se fala em tendência, as cervejas sem álcool, baixo teor alcóolico, sem glúten e baixa caloria se apresentam como opções para os consumidores mais conscientes sobre saúde e bem-estar.

Em São Paulo (SP), a cervejaria Luci foi criada para oferecer uma experiência saborosa, nutritiva e conectada com estilo de vida mais saudável e consciente. Desenvolvida há dois anos, ela entrou no mercado no final do ano passado com o desafio de apresentar uma nova marca que atendesse à demanda crescente dos consumidores brasileiros por motivos variados.

Os dois sócios e amigos de longa data, Danniel Rodrigues e Thiago Campacci, já consumiam cerveja sem álcool devido à prática de esportes e filosofia de vida. “Nos conectamos pelo nosso desejo comum de proporcionar algo que fizesse bem para a vida das pessoas e a Luci, que vem de lucidez, nasceu para fazer isso acontecer”, contou Danniel.

Segundo ele, a criação da cerveja artesanal contou o apoio técnico da mestre cervejeira Bárbara Mortl e adota um formato conhecido como cigana na qual a produção é terceirizada. “Estamos tendo uma percepção muito interessante dos nossos consumidores porque as referências que tínhamos no mercado não eram tão agradáveis ao paladar. Durante nossas degustações, as pessoas questionam se é realmente sem álcool porque o sabor é muito semelhante”, frisou.

Com cinco rótulos atualmente, a Luci investe no aspecto nutritivo da bebida com adição de vitaminas, ingredientes brasileiros e beneficiamento do lúpulo que possui características antioxidantes e anti-inflamatórias. Danniel acrescenta ainda que a participação em concursos tem sido importante não apenas pelo respaldo das premiações, mas também pela avaliação criteriosa de julgamento técnico.

Neste ano já conquistaram prêmios como a segunda melhor cerveja sem álcool no Concurso Brasileiro da Cerveja na edição em Blumenau (SC), terceiro lugar na Copa Sul-Americana de Cerveja em Bento Gonçalves (RS) e terceiro lugar na categoria de bebidas não alcoólicas durante concurso realizada durante a Naturaltech, maior feira de negócios da América Latina dedicada exclusivamente a produtos naturais, orgânicos e sustentáveis.

Fonte: Assessoria