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plano de saúde
Foto: André Borges/Agência Brasil

Especialista alerta para a importância do cuidado pré-natal na prevenção de perdas gestacionais

Dr. Guilherme Carvalho, ginecologista, obstetra e especialista em Reprodução Humana, explica principais causas e medidas que podem evitar esses casos

28 de julho de 2025

Perdas gestacionais infelizmente ainda fazem parte da realidade de muitas mulheres brasileiras. De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2024 foram registrados 22.919 óbitos fetais e 19.997 óbitos neonatais (até 28 dias de vida). O país tem como meta reduzir a razão de mortalidade materna para menos de 30 mortes por 100 mil nascidos vivos até 2030.

Para contribuir com a conscientização sobre o tema e orientar gestantes e famílias, o ginecologista e obstetra Dr. Guilherme Carvalho (CRM 7011-PB) reuniu dicas essenciais sobre prevenção e explica os principais tipos de perdas que podem ocorrer ao longo da gestação.
De acordo com o especialista em Reprodução Humana pelo Hospital Sírio Libanês, é fundamental compreender que a perda gestacional pode ocorrer em diferentes estágios e por diferentes motivos.

“Existem perdas precoces, geralmente até a 20ª semana, chamadas de abortos espontâneos. Também há a morte fetal, que ocorre após esse período, além da gravidez ectópica, quando o embrião se desenvolve fora do útero, e a gestação anembrionária, sem formação do embrião”, explica.

Entre os principais fatores de risco estão infecções, alterações hormonais, má formação fetal, trombofilias, doenças autoimunes e histórico de abortos anteriores.

No entanto, com acompanhamento médico adequado, muitas dessas condições podem ser identificadas e tratadas a tempo. “Fazer o acompanhamento desde o início permite identificar problemas silenciosos que podem levar a complicações. Além disso, manter hábitos saudáveis, estar com as vacinas em dia e fazer uso de ácido fólico são atitudes que contribuem significativamente para uma gestação segura”, reforça.

As principais causas são as síndromes cromossômicas. De 40% a 60% dos casos de interrupção da gestação são ocasionados por Síndromes como Down, Patau, Edwards, mas ainda assim a gestante que passa por esse tipo de perda tende a se culpar. É importante conscientizar a gestante, em especial a família e as pessoas que são rede de apoio de que, nesses casos específicos, não havia nada que ela pudesse ser feito. Não foi uma negligência da gestante, ao contrário, ela é a principal vítima numa perda gestacional”, explica Dr. Guilherme.

Em casos de perdas anteriores, o acompanhamento emocional também é indispensável. O médico lembra que o acolhimento psicológico e o suporte familiar fazem parte do processo de cuidado com a saúde da mulher. Para as gestantes e mulheres que desejam engravidar, a recomendação é clara: procure orientação médica, mantenha exames atualizados e siga um estilo de vida saudável. “Prevenir é sempre o melhor caminho, mas antes do teste de gravidez positivo e bem antes da criança nascer, proporcionar um ambiente emocional acolhedor, saudável e feliz para mãe e bebê também é fundamental”, reforça o especialista.

Dicas de prevenção:

– Pré-natal precoce e regular
– Controle de doenças pré-existentes
– Suplementação de ácido fólico
– Vacinação em dia
– Saúde emocional e suporte psicológico

Fonte: Assessoria