
Nordeste pode ganhar nova companhia aérea regional para impulsionar turismo e conectividade
Projeto em estudo pelo Consórcio Nordeste e governo federal visa operar rotas negligenciadas pelas grandes empresas aéreas
18 de julho de 2025
O Nordeste pode ter em breve uma companhia aérea própria, criada pelos estados da região para ligar cidades do interior às capitais e destinos turísticos. A proposta, que visa melhorar a conectividade aérea, impulsionar o turismo e promover a integração econômica entre os nove estados nordestinos, ganhou força após o ministro do Turismo, Celso Sabino, anunciar que o governo federal estuda uma parceria com o Consórcio Nordeste para viabilizar o projeto.
Segundo informações do portal Investindo por Aí, a ideia é que a nova empresa seja gerida pelo consórcio e opere rotas regionais atualmente negligenciadas pelas grandes companhias aéreas. A iniciativa surge em um momento crítico para a aviação regional brasileira, especialmente com a possível fusão entre Azul e Gol, que pode reduzir ainda mais a oferta de voos em cidades de médio porte e destinos turísticos menos lucrativos.
Desafios e Oportunidades
Apesar do potencial, especialistas alertam para os desafios, como altos custos operacionais e a necessidade de gestão eficiente. No entanto, o Nordeste conta com vantagens competitivas, como incentivos fiscais da Sudene (redução de até 75% no IR para empresas da região) e alíquotas menores de ICMS sobre combustível em estados como Pernambuco.
Além disso, a modernização da infraestrutura aeroportuária regional, com leilões de concessões em andamento, pode facilitar a operação da nova companhia. O Aeroporto Internacional do Recife (REC) segue como o principal hub, enquanto terminais como os de Salvador (SSA), Fortaleza (FOR) e Natal (NAT) têm registrado crescimento acima dos níveis pré-pandemia.
Cenário Atual da Aviação Regional
A aviação regional no Brasil vem encolhendo nas últimas décadas, com o número de cidades atendidas caindo drasticamente. Uma companhia aérea estatal no Nordeste poderia preencher essa lacuna, garantindo voos regulares para localidades com pouca oferta e fortalecendo o turismo, um dos pilares da economia regional.
Enquanto o projeto ainda está em discussão, o debate reforça a necessidade de soluções para integrar melhor o Nordeste, uma região rica em destinos mas ainda dependente de conexões aéreas limitadas.
Fonte: Redação com informações do Investindo por Aí e dados da Anac e Ministério do Turismo